Já vi pelas ruas muitos resmungando,
Resmungos de perdidos seres errantes.
Quantos não compreendem a paixão!
Saem pelas ruas dominados por ela.
Como cocheiros que não dominam suas
carruagens,
Saem com dois equinos alados, cada um
procura seu lado,
Não se entendem, não são
dominados...
Assim é o homem apaixonado.
Não consegue se perceber perdido.
Aos risos calafrios investem em uma
paixão.
Decoram um verso qualquer...
Sem rima, sem lima afinam seu
balbuciar.
Congelam como tolos apaixonados,
Ao olhar da Medusa.
O esperto, ao olhar a musa pelo
espelho,
Não se intimida, mas não se
aproxima...
Em seu peito uma ferida,
Como o coração flechado pelo
cupido...
Assim é a paixão...
Fogo que fere, que ensina...
Assim é o homem apaixonado...
Ferido, alucinado, alguns o pensam
como coitado...
As costas do apaixonado, enfrentam o
pesado arreio...
A tortuosidade de seus sentidos, não
lhe pôs freio.
O frio que acalenta suas noites mal
dormidas, criam-lhe fantasmas,
Que o assombram, que o assustam...
Mas, não apagam a feliz luz que o impulsiona a migrar à
paixão-Amor.
Marcio J. (Méndez) de Lima
(05/07/2008).
Imagem obtida no endereço: http://imaginariodomario.blogspot.com.br/2012/08/os-livros-sagrados.html
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