sábado, 29 de agosto de 2020

Aquela chave...


Algo roubou a minha luz.

Levou-a a lugar incerto.

Perdia-a na distração dos dias que se aceleravam.

Perdi nos bits, bytes de uma rede qualquer.

Era tipo dejavu.

Esse escuro que ficou não era daqui...

Hoje incerto de que upload faria

E se isso me traria alegria...

Flores tão quadradas buscavam enfeitar meus dias com aromas sintéticos a programarem meu gosto,

A deletarem cada meu desgosto...

No papel, da distância que se avolumava, havia uma fada que aliviaria meus desconsertos...

No seu verso ainda lembro, entre uma consulta e outra, coube lá uma flor de aroma perfeito, não havia mais jeito, a única coisa que lembro era da chave de ouro, que depois dela não abri mais porta nenhuma... Não do jeito que estava tão acostumado a fazer... Não daquele jeito...

Marcio Lima

 

Imagem: Textgram X - Texto inserido pelo blog.


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