Não tenha medo de, às vezes, ser ridículo...
De dar um tropeção e rir de sua cara, de pagar um mico ou outro, de sorrir para o nada, de tomar uma guarapa na calçada, de comer banana na rua, de declamar um poema aos amigos, de não ligar para os perigos...
Não tenha medo de, às vezes, ser ridículo...
De deixar que os ditos espertos riam de sua cara, de pagar o dobro por uns abacaxis verdes e pequenos, de faturar um pouco menos, de gastar uns pilas para pagar ao seu empregado segurança, ao seu patrão um abraço, ao cliente uma manta de verdade, e aos desavisados um pouco de lealdade...
Não tenha medo de, às vezes, ser ridículo...
De adotar um cão sujo, de se vestir de palhaço, de fazer uma doação, de abrir seu coração, de abraçar um amigo de outrora, de ficar de queixo caído em uma exposição de arte qualquer...
Não tenha medo de, às vezes, ser ridículo...
De admitir a fraqueza, de deixar de lado a aspereza que te põe em segurança, de sorrir de verdade puramente a uma criança, de dar ouvidos a um ancião, de admitir solidão e abrir ao seu irmão o seu portão...
Não tenha medo de, às vezes, ser ridículo...
De escrever um poema, de torná-lo obra conhecida, mesmo que sem rima, sem lima, sem nexo e objetivo...
Não tenho medo do ridículo, que às vezes, ele um pesado grilhão, amarrado firmemente em seu a ser liberto coração te aponta para o vazio do nada...
Não tenha medo do ridículo. Solte a voz, solte sua alma. Ria ridiculamente, você merece! Seja ridiculamente feliz, eis um verdadeiro tesouro...
Marcio Lima
Guarapuava, 08/02/2019.
Imagem obtida em: https://pixabay.com/images/search/abacaxi/
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