Desde 30 de Maio de 2011. Blog destinado à socialização de contos, crônicas, poesias, artes em geral e outros assuntos pertinentes. O Leitor pode criticar, sugerir. Repartir, eis o objetivo principal. (contato com o Blog:marciojotadelima@gmail.com) !!!PUBLICAÇÕES A QUALQUER MOMENTO!!!!
sábado, 31 de maio de 2014
Abelha...
O mel de seus lábios
Aplacou o amargo de
Meus Dias...
Marcio Lima
Imagem obtida em:http://amornatural.blogspot.com.br/2006/09/mel-para-adoar-vida-dos-meus-amigos.html
domingo, 25 de maio de 2014
VERSOS...
Os versos...
Embalam meus dias,
Encantam minhas noites,
Destroem meus desencantos
-
Quase sempre perversos.
_________________
Meus versos são
Às vezes
Meus filhos
Meus sonhos
_____Minha musa
O ar que respiro
O nascer sereno da
semente
A dor do pobre
A solidão do rico
A felicidade da cura...
______Os versos
Não os desvendo
Como não desvendo
Minha ignorância.
___Versos...
Tão diversos
Quando o penso certos
Perambulam,
Tremulam,
Pulsam,
Assombram...
Sinto-os na sombra.
Fugistes por quê?
Quando não te encontro
Procuro te (re) construir
Em meu viver
Porque às vezes te
confundes
Emaranha-te com ele.
________Poetizar é
Tentar pôr na folha
Em forma de versos
O que só o coração
sente
Às vezes dá certo...
Às vezes nem tanto.
Mas de não em não
A Poesia
Constrói-se,
Encarniza-se.
__________Versos,
Tão escorregadios
Procuro segurá-los...
Versos...
De liberdade,
Mesmo que em dois por
dois,
Vives,
Porque poetizar,
Também é
Vivertizar.
E a liberdade
Que (talvez)
Importa -
Mais que a
Objetiva e
_______Fria
Forma de
Senti-la -
Seja subjetiva
E de verso em verso
Transfigura-se
Em incandescente
Poesia.
(Marcio J. de Lima)
Imagem obtida em: http://www.luso-poemas.net/modules/news/pages.php?uid=8076
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Fênix
Ô Fênix
Vai e bate no teto azul
Que te rodeia...
Ressurjas
Como velha-moça
Das cinzas que
Te chamam à Vida...
Valerão a pena seus voos?
Quem dirá será o tempo
Que para ti infinda???...
____________&&&&&
Cada voo por ser único
É te tão valioso...
E só não valerá a pena (realmente)
Se o não fizeres...
Por isso...
Voa e Renasças quando o
Passado em ti
Tiver feito o que deveria
Ter – da melhor forma - feito.
Marcio Lima
Vai e bate no teto azul
Que te rodeia...
Ressurjas
Como velha-moça
Das cinzas que
Te chamam à Vida...
Valerão a pena seus voos?
Quem dirá será o tempo
Que para ti infinda???...
____________&&&&&
Cada voo por ser único
É te tão valioso...
E só não valerá a pena (realmente)
Se o não fizeres...
Por isso...
Voa e Renasças quando o
Passado em ti
Tiver feito o que deveria
Ter – da melhor forma - feito.
Marcio Lima
Imagem disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/fénix-phoenix-chamas-garça-pássaro-2733938/ Acesso em 20 fev. 2023.
sábado, 17 de maio de 2014
Esqueci-me entre versos e palavras...
Esqueci-me
entre versos e palavras num estoico ato desvairado a transcrever a
lucidez que pretendia levar-me à serenidade... Esqueci-me a espiar
tantos com suas alegrias, tristezas, derrotas e vitórias... A
estudar em suspiros poéticos, prosas literárias, fingires de um
fingidor. Esqueci de pagar minhas contas, de receber o que me deviam,
de ganhar dinheiro, de gastar além do trivial... de rir, de chorar,
de viver um grande amor, de sofrer de desilusão, de viver de
solidão, de navegar no mar de seus olhos, de naufragar em seus
eflúvios, de fazer de nosso enlace, um dilúvio.
Enfim,
esqueci-me de lembrar do verdadeiro viver. E, antes que a sobriedade
me envolvesse com suas frias mãos, deixei elas, letras de um poema,
me envolver novamente em uma ígnea noite de sofreguidão pelo
encandecer de seus olhos, poética inspiração.
Marcio J.
de Lima
Imagem obtida em:http://verdadenapratica.wordpress.com/2014/04/18/por-que-devemos-ler-poesia/
sexta-feira, 9 de maio de 2014
Boa lembrança: Dia das mães
Estou aqui esperando um
ônibus... Eis que um eco de outrora bate a porta de minhas
lembranças.
- Oi filho, está com
frio? Perguntou ela com olhar preocupado, mas com um leve sorriso no
canto dos lábios.
- Não mãe. Respondi.
Mas sim, estava com frio. Só não queria preocupá-la.
Todavia, mesmo assim, não
acreditando em minhas palavras, por me conhecer tão bem. E saber que
a madrugada seria mais fria ainda que aquele momento. Tirou do
guarda-roupa um surrado cobertor de lã e me cobriu.
- Agora sim... está
protegido. Com um beijo se despede e me deseja boa noite.
Não foi só esta noite.
Algumas vezes eu quase não percebia minha mãe levantando o cobertor
caído, aquecendo garrafas com água quente para aquecer meus pés.
Não havia preocupação só comigo, era também com todos os meus
irmãos. E, poderia ter certeza que enquanto precisasse ela estaria
ali, não somente nas noites frias, mas, toda vez que eu realmente
precisasse. Isso é uma das coisas no mundo que nos ensina sermos
melhores – amor de mãe. Amor que até na bíblia é comparado ao
amor que Deus tem por nós, seus filhos.
Se procurarmos em nossas
lembranças a exteriorização de um ato de amor manifestado pela
mãe, quase todos terão uma história boa para contar – em um
repente - de pelo menos um ato afetuoso dela que ecoará por uma
vida inteira.
A mãe é capaz de doar
sua vida a seu filho. A verdadeira mãe não mede esforços para
proteger seu filho amado. Quantas histórias de mães que arriscaram
suas vidas para protegerem seus rebentos. E, neste momento, em que o
risco é desconsiderado, como um ser dotado de muita força e coragem
lançam-se para em um ato de amor concretizar uma das mais lindas
formas de amor – conhecido por nós humanos – a capacidade da
doação de uma vida para proteger outra.
Façamos uma reflexão
nesse dia das mães.... Atribuamos do fundo de nosso coração o
reconhecimento ao autêntico Amor Materno. Roguemos a Deus para que
suscite em todas as mulheres que disserem sim à maternidade um amor
responsável, capaz de ajudar a suprir a necessidade de que nós
humanos naturalmente sentimos – sermos amados para aprendermos a
amar o próximo, para que assim – quiçá – seja possível
vivermos desde já um pouco do Paraíso aqui na terra.
(Marcio J. de Lima)
terça-feira, 6 de maio de 2014
Mais um Cristo caído na rua
À meia-noite badala o sino da matriz... Olho ao redor e nada vejo de novo. Somente uma árvore a balançar e nela um olhar atento de uma coruja, é o que percebo iluminado pela holofote. Confesso que não tenho muito medo. Mas, alguma coisa até me deixa um pouco assustado. O olho começa a ficar pesado. Sei que não devo dormir, pois é isso que a minha profissão exige, sou vigilante. Olho as casas ao redor. Estou em uma guarita, atento aos monitores da vigilância. Vejo um casal na praça em frente a se agarrarem, coisas da juventude. Beijos calientes. Um olhar fixo – um para o outro – olham desconfiados ao redor, o rapaz olha seu relógio e se mandam.
É alta noite. Está na hora de se retirarem. Apanharem seus transportes.
Boa noite pombinhos! Pensei. Agora ficamos, eu, a coruja, os monitores, as casas vazias, pelo fato de ser feriado, e a maioria das pessoas terem ido viajar, a praça vazia, além de muito sono. Mas, não posso dormir!
Vejo alguém se aproximar. Ele fica a olhar a loja ao lado da mercearia vizinha de onde trabalho. Pega uma pedra e arremessa ao vidro. De primeira vez ele não quebra. Aperto o botão do alarme o qual soa. O homem não se intimida. Joga nova pedra e o vidro se desmancha. Não trabalho armado. Tenho que acionar a polícia, mas creio que não dará tempo. Por isso, deixo o meu posto. Tranco a porta ao sair para segurança do local. Grito ao ladrão. Ele com seus olhos assustados, e se sentindo acuado, só teve uma reação. Tirou de uma pistola velha, pelo visto era uma 22 e veio em minha direção com sangue nos olhos, atirou-me. O gosto do sangue foi imediato. Um calor invadiu minha alma...
E, em poucos milésimos de segundo pude ver a amedrontada alma daquele algoz que se incendiava num mar de desespero – em um inferno de uma vida inteira. Era o mundo em suas costas... Eu aqui, em meu trabalho, no meu ofício, por qual sou apaixonado, serei visto assim... Mais um Cristo caído nas ruas...
(Marcio J. de Lima)
Imagem obtida em:https://pixabay.com/pt/homem-pessoa-humano-brilhar-brilho-1177342/
É alta noite. Está na hora de se retirarem. Apanharem seus transportes.
Boa noite pombinhos! Pensei. Agora ficamos, eu, a coruja, os monitores, as casas vazias, pelo fato de ser feriado, e a maioria das pessoas terem ido viajar, a praça vazia, além de muito sono. Mas, não posso dormir!
Vejo alguém se aproximar. Ele fica a olhar a loja ao lado da mercearia vizinha de onde trabalho. Pega uma pedra e arremessa ao vidro. De primeira vez ele não quebra. Aperto o botão do alarme o qual soa. O homem não se intimida. Joga nova pedra e o vidro se desmancha. Não trabalho armado. Tenho que acionar a polícia, mas creio que não dará tempo. Por isso, deixo o meu posto. Tranco a porta ao sair para segurança do local. Grito ao ladrão. Ele com seus olhos assustados, e se sentindo acuado, só teve uma reação. Tirou de uma pistola velha, pelo visto era uma 22 e veio em minha direção com sangue nos olhos, atirou-me. O gosto do sangue foi imediato. Um calor invadiu minha alma...
E, em poucos milésimos de segundo pude ver a amedrontada alma daquele algoz que se incendiava num mar de desespero – em um inferno de uma vida inteira. Era o mundo em suas costas... Eu aqui, em meu trabalho, no meu ofício, por qual sou apaixonado, serei visto assim... Mais um Cristo caído nas ruas...
(Marcio J. de Lima)
Imagem obtida em:https://pixabay.com/pt/homem-pessoa-humano-brilhar-brilho-1177342/
AMIZADE
Ah! Que delícia uma amizade!
Tem gosto de sol no parque à tarde quente,
Tem cor de alegria em sorrisos soltos
Tem sensação de vida que rola a esmo
Seu tempero suave ao conselho-vida
Ah! Que delícia uma amizade!
Que apressa um dia monótono
Que resolve uma pendenga imaginária
Que chicoteia uma arritmia indesejada
Que compra uma briga que não é sua
Ah! Que delícia uma amizade!
Tem gosto de sol no parque à tarde quente,
Tem cor de alegria em sorrisos soltos
Tem sensação de vida que rola a esmo
Seu tempero suave ao conselho-vida
Ah! Que delícia uma amizade!
Que apressa um dia monótono
Que resolve uma pendenga imaginária
Que chicoteia uma arritmia indesejada
Que compra uma briga que não é sua
Ah! Que delícia uma amizade!
Pergunto que delícia é a amizade verdadeira, não é?
marcio j de lima
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