A poesia dói
Uma dor que ninguém reclama
Ficará ela como lama no
Solo sagrado do tempo
Seus traços eternos serão latentes
Não serão reclames
Serão pegadas que levam
A tantos ermos
Nunca à inércia do nada...
Pois se alguém algum dia
Ousar dizer que ela é nada
Como alma penada
Não largará de seu pé
Sendo repetida por cada carpideira
A rogar pela saudade de um
Tempo grudado nas ondas que lavara
O rio que nasce onde tudo começa...
Desbocada
Desembocará
Ao mar da memória...
E se você a acreditar...
Como útil e belo
Rirá, desmentirá verdades absolutas,
Com a maestria de um devaneador
Dirá... tudo não passou de história...
A poesia dói sim...
Mas pode certeza ter..
Essa dor transpira,
Como transpira...
Em tantas epifanias...
Com tantas ninfas loucas,
Atordoa...
Atordoa...
Mas não mata.
Marcio José de Lima - Laranjeiras do sul - fev. 2016
Imagem obtida em: https://pixabay.com/pt/illustrations/mortalidade-caveira-vanitas-401222/
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