Marcio J. de Lima
Desde 30 de Maio de 2011. Blog destinado à socialização de contos, crônicas, poesias, artes em geral e outros assuntos pertinentes. O Leitor pode criticar, sugerir. Repartir, eis o objetivo principal. (contato com o Blog:marciojotadelima@gmail.com) !!!PUBLICAÇÕES A QUALQUER MOMENTO!!!!
quinta-feira, 25 de janeiro de 2018
Um dia desses, eu e eu...
Um dia eu me senti eu. Isso não é muito comum. Joguei fora aquele sapato que me apertava o pé, aquele que meu vizinha usava um igual e me custou os olhos da cara. Joguei fora os excessos de palavras difíceis, resolvi falar a língua dos meus vizinhos, pais, família, das crianças que passavam na rua, daqueles que não têm a muitos com quem falar. Sobretudo, joguei a feia mania de mais falar do que ouvir. Sentei debaixo de uma árvore. Apreciei o horizonte e o azul claro do qual ele se enfeitou. Saboreei a leve brisa que me inspirou um pequeno poema que saiu espontâneo... não profundo, porém espontâneo. Não quis decorar as palavras que podiam me aprisionar. Como disse quis ser eu... Queria entender o que é um encontro comigo mesmo... Estava precisando disso. Mas confesso, outros pensamentos começam a entrar na conversa... Então como estava falando... Hum... hum... hum...
Marcio J. de Lima
Marcio J. de Lima
quinta-feira, 18 de janeiro de 2018
Mexeriqueira luz
E o tempo abracou-se à mexeriqueira luz
Antes fora às águas do
Doce Ribeirão..
Ali não haveria de passar
totalmente em vão
De ao menos servir de uma
demorada companhia
Num Alegre banho em uma
Límpida manhã de verão...
Marcio J. de Lima, Guarapuava - PR.
19/01/2017
Antes fora às águas do
Doce Ribeirão..
Ali não haveria de passar
totalmente em vão
De ao menos servir de uma
demorada companhia
Num Alegre banho em uma
Límpida manhã de verão...
Marcio J. de Lima, Guarapuava - PR.
19/01/2017
quinta-feira, 11 de janeiro de 2018
Um café e muito carinho... (a coffee and a lot of affection...)
Um dia como outro qualquer em que se poderia dizer, era uma vez... saiu Juditi com sua filha ao braço. Febre alta já fazia dois dias. Sem dinheiro para pagar consulta, e os remédios caseiros sem fazer efeito, a saída seria levar a Dona Josefa, curadeira famosa daquela vila. Era uma manhã fria, a menina estava bem coberta. Os olhos brilhantes pela força da febre e as boxexas rosadas, um calor ardente encostado no busto da magra mãe. O coração da guerreira mãe sofria. A menina apesar de tudo esboçava um sorriso amarelo, e dizia com uma voz cansada: "não ti propupe mamãe!" Tais palavrinhas soavam com uma injeção de ânimo, o coração dessa guerreira mãe se acalmava e fazia-lhe reacender a esperança...
Ao chegar na velha casa de madeira ao lado de uma rua qualquer, a mãe bateu à porta. Lá de dentro uma voz rouca e grave de senhora bradou "já vai!" Seguido de uma tosse carregada. Um cachorrinho preto debaixo do soalho observava as duas. Não latiu, somente a menina havia percebido tal bichinho. Puxou a gola da mãe, a qual olhou de pronto, mostrou-o à mãe apontando seu magro e pequeno dedinho de fadinha... A mãe olhou a criaturinha e percebeu naquele cachorrinho um doce olhar. Não estava acorrentado. Notou mais ao fundo um pelego de carneiro que se fazia cama quente ao cão.
A porta rangendo meio que presa se abriu. Dona Josefa estava com uma toalha envolta na cabeça, tal qual um turbante. Falou: "entrem! Saiam desse frio. Eu já faz uns quatro dias que quase não ponho a cara fora de casa. Tô com uma gripe terrível. Mas tô melhorando graças a um xarope caseiro de guaco e mel".
A mãe sorriu meio amarelo.
"Mas... o que as traz aqui? Com certeza não é para comer os meus doces... Que tenho aqui aos montes." Falou isso pegando um pirulito para dar à menina. A menininha só sorriu encostou a cabeça na mãe, como se escondendo, mas pegou o doce.
"Que menina linda! Que você tem?" Interrogou a senhora.
A mãe explicou. Ela ouviu atentamente.
"Hum... vou fazer um café e já vejo que você tem", disse isso explicando o princípio de seu método de busca pela cura.
Contou de sua luta para se aposentar, enquanto a água fervia. Passou lentamente o café no coador de grosso tecido, aquele cheiro era delicioso...
Falou para mãe... "se o café tivesse o mesmo gosto de seu cheiro, seria a melhor bebida do mundo..." riu... A mãe também riu concordando.
Na mesma hora, ofereceu à menina um copinho com café com uma colherzinha de manteiga, adoçado com mel...
"Tome menina, isso vai ajudar a te proteger de gripe." Filosofou a sábia senhora.
A mãe apanhou o copo, esfriou um pouco e deu à sua filha.
"Hum... o cheiro está muito bom." Falou a mãezinha.
A senhora deu uma xícara à mãe, mas adoçado com açúcar mascavo.
"Café minha filha tem ciência, se você tiver paciência você extrai dele seu melhor. Água no ponto e quantidade de pó adequada você terá uma ótima bebida."
Pôs o restante de que ficou no bule, logo após tirar uma xícara para si, em uma velha garrafa térmica.
O coador ficou sobre uma pia. Dona Josefa o apanhou retirando de lá uma mão de pó. O qual foi atirado a uns 15cm em cima de um prato Branco com um pouco de água. A mulher ficou a olhar o pó, como se o tivesse lendo seu comportamento. Após uns dois minutos olhou para mãe e disse:
"A menina só está resfriada. Ela estará bem melhor amanhã!" Falou isso com um rosto oleoso e brilhante.
A mãe sorriu, como que tranquilizada...
A senhora apanhou um pouco de guaco ressecado e deu à preocupada mãe. Perguntou se ela tinha mel, a qual acenou com a cabeça que sim.
Despediram-se não cobrando nada pela consulta. A mãe agradeceu de coração.
O dia se passou, a mãe fez o chá e deu à menina. No tempo previsto a menina melhorou...
O tempo se passou, a menina cresceu... Mas jamais esqueceu daquele gostoso café que tomara naquela fria manhã em que ardia de febre... Jamais esqueceu do doce que residia naquele enorme coração daquela senhora que a recebera com todo carinho na mais rica demonstração de amor ao próximo.
Marcio J. de Lima
Guarapuava, 05/01/2018.
Ao chegar na velha casa de madeira ao lado de uma rua qualquer, a mãe bateu à porta. Lá de dentro uma voz rouca e grave de senhora bradou "já vai!" Seguido de uma tosse carregada. Um cachorrinho preto debaixo do soalho observava as duas. Não latiu, somente a menina havia percebido tal bichinho. Puxou a gola da mãe, a qual olhou de pronto, mostrou-o à mãe apontando seu magro e pequeno dedinho de fadinha... A mãe olhou a criaturinha e percebeu naquele cachorrinho um doce olhar. Não estava acorrentado. Notou mais ao fundo um pelego de carneiro que se fazia cama quente ao cão.
A porta rangendo meio que presa se abriu. Dona Josefa estava com uma toalha envolta na cabeça, tal qual um turbante. Falou: "entrem! Saiam desse frio. Eu já faz uns quatro dias que quase não ponho a cara fora de casa. Tô com uma gripe terrível. Mas tô melhorando graças a um xarope caseiro de guaco e mel".
A mãe sorriu meio amarelo.
"Mas... o que as traz aqui? Com certeza não é para comer os meus doces... Que tenho aqui aos montes." Falou isso pegando um pirulito para dar à menina. A menininha só sorriu encostou a cabeça na mãe, como se escondendo, mas pegou o doce.
"Que menina linda! Que você tem?" Interrogou a senhora.
A mãe explicou. Ela ouviu atentamente.
"Hum... vou fazer um café e já vejo que você tem", disse isso explicando o princípio de seu método de busca pela cura.
Contou de sua luta para se aposentar, enquanto a água fervia. Passou lentamente o café no coador de grosso tecido, aquele cheiro era delicioso...
Falou para mãe... "se o café tivesse o mesmo gosto de seu cheiro, seria a melhor bebida do mundo..." riu... A mãe também riu concordando.
Na mesma hora, ofereceu à menina um copinho com café com uma colherzinha de manteiga, adoçado com mel...
"Tome menina, isso vai ajudar a te proteger de gripe." Filosofou a sábia senhora.
A mãe apanhou o copo, esfriou um pouco e deu à sua filha.
"Hum... o cheiro está muito bom." Falou a mãezinha.
A senhora deu uma xícara à mãe, mas adoçado com açúcar mascavo.
"Café minha filha tem ciência, se você tiver paciência você extrai dele seu melhor. Água no ponto e quantidade de pó adequada você terá uma ótima bebida."
Pôs o restante de que ficou no bule, logo após tirar uma xícara para si, em uma velha garrafa térmica.
O coador ficou sobre uma pia. Dona Josefa o apanhou retirando de lá uma mão de pó. O qual foi atirado a uns 15cm em cima de um prato Branco com um pouco de água. A mulher ficou a olhar o pó, como se o tivesse lendo seu comportamento. Após uns dois minutos olhou para mãe e disse:
"A menina só está resfriada. Ela estará bem melhor amanhã!" Falou isso com um rosto oleoso e brilhante.
A mãe sorriu, como que tranquilizada...
A senhora apanhou um pouco de guaco ressecado e deu à preocupada mãe. Perguntou se ela tinha mel, a qual acenou com a cabeça que sim.
Despediram-se não cobrando nada pela consulta. A mãe agradeceu de coração.
O dia se passou, a mãe fez o chá e deu à menina. No tempo previsto a menina melhorou...
O tempo se passou, a menina cresceu... Mas jamais esqueceu daquele gostoso café que tomara naquela fria manhã em que ardia de febre... Jamais esqueceu do doce que residia naquele enorme coração daquela senhora que a recebera com todo carinho na mais rica demonstração de amor ao próximo.
Marcio J. de Lima
Guarapuava, 05/01/2018.
Imagem obtida em: https://pixabay.com/pt/photos/caf%c3%a9-x%c3%adcara-de-caf%c3%a9-copo-bebida-2714970/
terça-feira, 2 de janeiro de 2018
ano novo, vida nova!
que o amor arrombe seu coração, impietuosamente a paz habite seus recônditos pensamentos. que as rosas te inspirem novos poemas, novas emoções, novas amizades e que a caridade abra seus concretados conceitos e faça-o ver o quão valiosa é a vida... espero em sua vida mais jardins, mais sorrisos, mais encantos, mais domingos nas praças, aventuras nos rios, repartires de pão e a superação pelo perdão. desejo-te mais dias de sóis, domingos com mais anzóis, pipas nas ruas, bolas nas várzeas, abraços aos montes, beijos sempre que possíveis e amizades incríveis... desejo-te ideias novas, mais olhos nos olhos, mais conselhos, mais ouvidos, menos espelhos, menos preconceitos, menos ódios por nossos e normais defeitos. enfim, desejo-te um ano novo com vida nova e que os valores que te rodeiam sejam para te conduzir à felicidade e para que chegues à conclusão que tudo que nos dá realmente paz, quase sempre não tem preço...
Marcio J. de Lima
Guarapuava, 31/01/2017.
http://devaneiosliterariosdolima.blogspot.com.br/2017/12/o-milagre-do-amor.html?m=1
Marcio J. de Lima
Guarapuava, 31/01/2017.
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