O amor é pão... (The love is bread...)

E se eu falar para você que não é fácil ser todo dia um

E se eu te disser que não sou um herói, sei que te enganei

Não tenho super poderes, nem a capacidade de vencer gigantes

Nem o poder de mudar o sentido dos ventos...

 

Sou uma simples molécula em todo este jogo infinito

Tenho meus brinquedos que os carrego ao fim do dia ao meu ninho,

Sei que às vezes me sinto grande, como se pudesse tocar o céu,

Me estranhe se não for assim, se eu não fingir que tenho o poder de parar o tempo...

 

Segure em minhas mãos, beije-me lentamente, desculpe minhas fraquezas

Conte-me de seu dia, seja tão poeticamente você mesma,

Sem fingir, sem esconder seus dissabores, sem esconder as suas dores,

Somos tão fortes assim, já não estamos sós, somos cordas, somos nós...

 

Viaje ao meu lado. Durma ao meu lado. Reparta comigo sua canção

Reze ao meu lado. Faça uma simples oração. Repartamos o pão

Quando eu chegar em casa, à tarde, venha a mim, ao colo trago nosso cão

Abrace-me, como se a viagem tivesse sido longe, o tempo tivesse sido longo...

 

Quando eu voltar das minhas lutas diárias, com pergaminhos, com histórias

Finge que gosta delas, finja que curte as mesmas músicas minhas

Que seu poeta preferido é Drumond e que Clarice é seu livro de cabeceira,

E que Vinícius está a nos inspirar, você ouvirá, o amor eterno enquanto durar...

 

Conte aos nossos filhos de nossas conquistas, de nossos momentos difíceis

Dos momentos engraçados, de nossos sonhos e vitórias, das nossas histórias

Reparta com eles aquilo que somos, façamos do almoço um momento de união

Diremos a eles o amor é dádiva, é gratidão, é caminho a seguir, é alimento, é pão...

(Marcio Lima)

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