Letras que se calam
Numa noite fria e tenebrosa
Ficarão ali no solo inertes
Tal qual semente dormente na terra
A seu tempo, ao seu marco sacro no espaço
Explodirão tal qual o soco
Do pequeno camarão boxeador
Não menos potente que uma bala
Não ficarão ali numa vala
Letras que outrora se calaram...
Serão estrelas no céu a cortar
Pitadas do chefe no manjar
Sementes, árvores, flores, imaginação...
O beijo na praça
Da peça, no teatro, a graça,
O pequeno princípio do
Mimetizar o “Se faça!”
Letras que outrora se calaram...
Hoje voz solta na praça
Um momento vivo de graça!
Letras que outrora se calaram...
(Marcio Lima)
Fonte da imagem: https://pixabay.com/pt/photos/pombos-alimentar-mão-vôo-3346415/
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