Poderia ter a dor do esquecimento pulsando aqui
Em minhas densas veias...
Não... Não me esqueço, me aqueço...
Aqueço-me nos braços de aventuras tão minhas,
Na companhia de Camões, Hércules, Ulisses, Caminha...
Sou um verso pulsante, dor que dói nas praças,
Nos dias de graça, dos eventos que se sucedem
Que trazem água, ar, luz, verde, quase de graça...
Em minha garganta flameja cantos tão novos,
Em cantos tão esquecidos de cantos recônditos...
Queria ter além de minha ignorância que a cada dia se faz vasta,
Das memórias que deveriam aqui me trazer lucidez, mas
De meus dias, fazendo-se sombras, se afastam...
Perdi caminhos outrora tão meus,
Tudo isso por meio dúzia de versos que o fiz tão seus...
Haveria um Deus a me dizer a que lado seguir?
A que caminhos tão novos, em um mundo flamejante, deveria ir?
Não quero me fazer triste, embora tantos em meu rosto,
Apontam-me um oposto com dedos em riste,
Isso, tão certo como nossos impostos...
Mas teimar é minha sina, luz que me ilumina,
Em tempos tão modernos, minha inspiradora mina...
(Marcio Lima)
Fonte da imagem: https://pixabay.com/pt/illustrations/ai-gerado-mel%C3%B3dico-harmonia-8774270/
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