Rói,
Mói o estoque,
Desintegra o que é inteiro,
Reconstrói na dureza e
Química do querer
Com ou sem embalagem
Com suor, vida, sentimento...
Tempo pastoso engolido
Nas engrenagens do sistema...
Queria ainda ser criativo,
Apesar dos tantos movimentos repetidos,
Das horas do amor, da poesia
Dores suprimidas...
Por ora,
Só o banco,
Que acolhe, o que foi do ontem,
e será do amanhã,
Que de novo será aproveitado,
Se o ônibus
A facção
Ou os amores
Tiverem tempo de esperar...
Quiçá,
Meu produto perene
Deixado na rua,
Na lua, na marmita
Ou num guardanapo qualquer...
Latente, esquecido,
Ontem imaginado
Amanhã de novo em pó transformado...
[marcio lima]
Imagem criada pelo Gemini IA a partir do poema.
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