Desde 30 de Maio de 2011. Blog destinado à socialização de contos, crônicas, poesias, artes em geral e outros assuntos pertinentes. O Leitor pode criticar, sugerir. Repartir, eis o objetivo principal. (contato com o Blog:marciojotadelima@gmail.com) !!!PUBLICAÇÕES A QUALQUER MOMENTO!!!!
sábado, 30 de março de 2013
Dia de Páscoa...
No madeiro regado pelo sangue de um inocente, nossos pecados foram pagos. O homem, antes sem esperança, agora ressurge com uma nova centelha. Deveríamos nesta dor - diga-se de passagem uma imensa dor - refletir... mudarmos nossas atitudes, pensar mais no próximo, sermos mais tolerantes. Caso contrário, Cristo nos perguntará: "de que valeu meu esforço, de que valeu cada sangue brotado de minhas chagas, se não for, no mínimo, para dar o exemplo de doação e amor ao próximo?"
Por isso reflitamos... A esperança de um dia melhor ressurge a cada Páscoa para muitos que sofrem, para os que são injustiçados, para os que vivem na solidão... E o homem de Nazaré fez a Sua parte, resta-nos agora fazermos a nossa.
A tod@s uma Feliz e Abençoada Páscoa!
(Do Blog Devaneios Literários do Lima)
domingo, 24 de março de 2013
Acampamento na noite de primeiro de abril - A panela de dinheiro
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Imagem obtida em:http://gmpedras.blogspot.com.br/2012/04/panela-de-pedra-ii.html |
- Olha amigos.
- Não quero pôr medo em vocês. Mas, existe muita coisa que nós não imaginamos nesta vida... Tudo o que narrei até aqui, foi verdade. Todavia, uma de minhas histórias, tem o tempero do inimaginável. Isso aconteceu em 1975, quando contava com 18 anos. Fiquei sabendo de uma panela de dinheiro enterrada em um descampado perto da Serra do Rio Jordão. Que teria sido enterrada pelos Jesuítas aproximadamente em 1750. Ali não havia ruínas das Missões. Sabíamos não por mapas, nem por histórias de hipóteses do ocorrido pelo descendentes da região. E sim, pelo que muitos já haviam vivido quando passavam por aquelas aragens, principalmente nas noites de lua cheia do mês de agosto. Quando uma das vítimas foi assombrada por uma tribo fantasma que implorava que fosse desenterrado aquilo que os prendiam ali... Uma caçarola de barro carregada de moedas de ouro. Este sobrevivente sóbrio, que teve a sensibilidade de encarar aquilo como verdade, convocou-me para aquela empreitada, pois sabia que eu era homem que acreditava naquilo por já ter vivido muitas histórias – que a maioria das pessoas não acredita. E de pronto, aceitei, por também acreditar naquele homem que merecia todo meu crédito.
- Amigos... saímos com pás, picaretas, enxadas, dois rosários em cada bolso e nosso santinho de devoção. Pois, sabíamos que teríamos que rezar muito. O que ali ganhássemos teríamos que repartir parte com quem realmente precisava para abençoá-lo. Esta era a regra básica para quem era caçador experiente de panelas de dinheiro. Chegamos ao local em uma noite muito límpida. Não estava frio, embora a nossa região seja considerada uma das mais frias do sul, aqueles anos o inverno era terrível, como vocês sabem, mas apesar disso aquela noite estava agradável. Deixamos nossos carros na estrada, pois não dava para chegar de carro até lá. Pulamos uma cerca de arame. E poucos metros depois, escutamos algo estranho. Paramos. Parecia um mugido. Mas, não enxergamos nada. Então, seguimos nosso destino. Como saberíamos o local? Meu amigo narrou que era próximo a um velho ipê. Seria naquele local aproximadamente. Teríamos que trabalhar a noite inteira até o amanhecer. Pois, pela lenda, diz-se que tem que retirá-la até o por do sol. Então teríamos que nos apressar. Chegamos ao assustador ipê. Digo isso, por que naquele momento o achava assim. Ele já foi fazendo um buraco sem ao menos pensar, tive a impressão de sabia onde era. Poucas pazadas, desistiu. Eu, confesso. Fiquei naquele momento somente olhando e pensando. Onde será ao certo? Não havia uma lógica para aquilo. Mas... era jovem. Não me importaria em viver aquela “loucura”. Comecei a cavocar usando minha lógica. Se tiver próximo do tesouro, algo ocorrerá. Depois de um certo tempo, de quase limpar a grama que cercava o ipê, ocorreu algo muito estranho. O barulho do boi voltou. Paramos... olhamos para os lados e não havia nada. Concluímos que aí era a pista que esperávamos. Começamos a aprofundar nossa procura. Fizemos um buraco de dois passos quadrados. Quando já estava pelo nosso joelho, outros barulhos de bichos se juntaram ao mugido do boi. Agora haviam porcos e cachorros. Além do barulho de arbusto quebrando. Mas... não haviam arbustos ali. Era só um descampado. O tempo começou a fechar. E, em um repente, começou a chover com muitos raios e trovões. Choveu com vento. E sombras horríveis assombraram nossa noite. Ouvimos o canto da tribo em uma língua que não conhecíamos. Mas à medida que nós afundávamos nosso buraco o canto tornou-se uma canção religiosa – ou pelo menos parecia assim - com sotaque parecido com o português e algo perto do castelhano. Sentimos cheiro de erva-mate queimada. Chegou ao auge da cantoria. E, tudo se silenciou. Paramos um momento. Olhamos para a paisagem agora coberta pela cerração. Tremíamos. Nos olhamos. Nos interrogamos. Seguiríamos aquela empreitada? Certo de que estávamos próximos ao tesouro continuamos. Um canto continuou. Barulho de cavalos começaram a passar próximo a nós como um estouro. Abaixamo-nos e aos poucos pusemos a cabeça fora do buraco para ver o que estava ocorrendo. Nada acontecia de diferente a não ser a cerração que aparentava mais brilhante agora já revelando a copa de alguns pinheiros ao longe. Cavava freneticamente enquanto meu amigo descasava – quando bati em algo que parecia uma caixa. Com as mãos, descobrimos, sim era uma caixa de madeira. Muito dura não parecia oca, parecia ser preenchida com concreto. Pegamos algo que parecia uma alça de corda que amarrava a caixa... Tiramos a terra que a cercava. Tentamos abri-la. Tentamos movê-la. Mas... a chuva voltou. Agora mais forte. Os bichos e as cantorias voltaram também mais fortes. A cerração cobriu o buraco e agora não enxergávamos mais a caixa, só a sentíamos. O buraco começou a encher de água. E quando não era mais possível permanecer ali – devido a ela, nos retiramos. Com a decepção dos grandes guerreiros, combinamos retornar pela manhã. Voltaríamos para casa. Quando amanhecesse voltaríamos mais equipados, com baldes para retirada da água. Neste momento desacreditávamos da lenda, ou coisa parecida. Víamos somente a lógica, o real. E assim, cansados, muito cansados nos retiramos quase não encontrando o rumo à estrada.
- Voltamos quando amanheceu o dia. Pulamos a cerca de arame. Olhamos o provocador pé de ipê. E, para nosso espanto, um olhar a cara do outro sem nada dizer, e como se não fosse possível contar isso para ninguém – com medo de se ter tido como louco – olhamos para o chão atônitos - e toda a grama que recobria aquele lugar estava como se nunca tivesse sido remexida.(Marcio J. de Lima)
Bibliografia
LIMA, Marcio de. Acampamento na noite de primeiro de abril – A panela de dinheiro. In: ______ Acampamento na noite de primeiro de abril – A panela de dinheiro e outros Contos Fantásticos e de Imaginação. [S.l.]: Amazon, 2016. p. 64. Disponível em: <https://www.amazon.com/Acampamento-noite-primeiro-abril-Fant%C3%A1sticos-ebook/dp/B01A8XWO4I>.
sábado, 23 de março de 2013
Zipei um poema de Amor...
sexta-feira, 22 de março de 2013
Um lembrete... Hoje é o dia da água! cuidemos de nossas águas com responsabilidade... água é vida, é saúde
sexta-feira, 15 de março de 2013
O CONCLAVE, TEMOS PAPA, BATEU NA TRAVE
- E daí me fale de futebol!
- Vai muito bem!
- Se você for o escolhido, que nome adotarás?
- Pensei em Francisco.
- Puxa hoje está meio abafado! De todos os países da Europa eu gosto do frio de Londres me sinto muito à vontade. E o Senhor, em qual cidade de seu país se sente mais à vontade?
- Buenos Aires.
sábado, 9 de março de 2013
Surpreenda-me (miniconto)
- Como assim? Respondeu o amigo magricela.
- Você precisa mudar o seu jeito de ser.
- Sempre fui assim e não vou mudar.
A conversa iria longe. Amigos em discussão. O João estava muito preocupado com a inocência do seu amigo – em seu ver – em um mundo cheio de armadilhas e pessoas mal intencionadas. Eram tão íntimos, mas o magricela estava sofrendo muito naquele momento pela falsidade de alguns que se diziam seus amigos e as armações que estavam tramando a fim de denegrir sua imagem.
- Sofro, João, mas aprendo com isso. Não tem como mudar as pessoas, assim de uma hora para outra. Alguns até mudam seu jeito de ser, mas suas essências permanecem a mesma. Então comigo é assim. Sofrer, aprender, mas jamais me arrepender, pois sou autêntico. Acredito que a felicidade estaria em correr atrás daquilo que reforçaria de forma positiva o que pode me fazer melhor sendo eu mesmo.
João balançou, simplesmente, balançou a cabeça.
sexta-feira, 8 de março de 2013
Feliz dia das mulheres
Mãe,
Mulher,
Amiga,
Companheira,
Maria,
Sofia,
Helena...
E tantas outras.
Todas pedras preciosas.
Cuidemos de nossas mulheres
Como flores no jardim
Regando-as com carinho, respeito
e muito amor.
quinta-feira, 7 de março de 2013
LETRAS QUE SE PRETENDEM UM POEMA
sábado, 2 de março de 2013
Pus minhas forças inutilmente em algumas armas...
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E o céu era o mar...
Rios aéreos a se encontrar Milhares de léguas A fluir... E, lá no monte onde o Verde se estende A água se faz abundância Tudo em equilíb...
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E hoje? este sol que brilha sem pedir Que faz a árvore frondosa se alegrar A abrigar os pássaros do céu Que piam sem com o amanhã se pre...
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Imagem obtida em:http://gmpedras.blogspot.com.br/2012/04/panela-de-pedra-ii.html Todos ali sobre o lúmen da fogueira regate...
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Prezados leitores e leitoras, minha produção voltada à arte, à literatura tem sido pífia aqui no blog. Tenho me dedicado a outras empreitad...
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(Marcio J. de Lima) _______________________ No poema/música em questão, Caetano Veloso trabalha com a temática indíg...
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Na foto, o Jardim Botânico Créditos: Parques e Praças de Curitiba Um calor toma lentamente conta de meus ossos congelados. A noit...
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[Verso 1] E hoje? este sol que brilha sem pedir Que faz a árvore frondosa se alegrar A abrigar os pássaros do céu Q...
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Eu cresci ouvindo falar que no final dos anos 70 havia nevado consideravelmente em Guarapuava . Muitos anos depois pude vivenciar esta expe...
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Rios aéreos a se encontrar Milhares de léguas A fluir... E, lá no monte onde o Verde se estende A água se faz abundância Tudo em equilíb...
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( O ÊXTASE DA SANTA TERESA D’AVILA, ESCULTURA DE BERNINI) O presente tem como objetivo repassar ao leitor, a impressão a...
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Quando fui publicar o texto " Estranhas repetições " no qual consta o fragmento " Soou o sino da matriz. Eram 18h. O sol ard...