domingo, 5 de abril de 2020

Doce alegria... (Sweet joy...)

Deixe-me olhar nos seus olhos
Olhar o mais profundo que puder
Extrair de lá cada onda que brota de seu oceano de mulher
Deixe-me ser estrela nos seus olhos a brilhar
Ser rio que corre em cada vaso capilar
Uma noite de lua a te banhar...
Deixe-me ser um instante no infinito
Um momento de esperança em tempos tão perdidos
Ser um delírio de um pássaro que mil céus, conhece
Ser a esperança da cura em males tão sombrios
Ser um mote de poesia imensamente escondida em seus piores dias
Ser, onde não há a esperança, uma discreta alegria
Deixe-me ser espelho sem aço a tantas belezas
De nós escondidas, pobres desvalidos...
Ser o pão que alimenta o oprimido
A alegria da mãe a poder alimentar o seu filho
A tecnologia que salva vidas
Um respiro leve da natureza
Um momento sermos todos iguais...
Deixe-me dormir ao seu lado
Enquanto todos às ruas saem...
Deixe-me ser melodia, onde o verso à música se encarnou...
Deixe-me ser asas a voar, um coração de amor em cascatas vasar...
Soe, doce dama, como uma imensa sineta que aos povos diz
O amor vencerá... E que esta retumbe aos quatro cantos do mundo,
Enquanto nós olhamos juntos embaixo de uma frondosa árvore
Elefantes que voam à nossa frente...
E, olhando em seus olhos, verei o infinito
E verás no meu nada mais que o imenso e sublime amor que dá
Sustentação aos meus dias...
O mais profundo amar que os sustenta...
E assim, quando eu o entender, direi o mais forte que puder
Ah, que alegria!
Ah, que doce alegria...
Marcio Lima
Imagem Pixabay

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