sábado, 7 de dezembro de 2013

QUERIA POESIA




Queria tanto escrever uma poesia...
Que quando terminassem de lê-la, o pranto regasse nossos desencantos... Que o bandido ao invés de fazer escorrer o sangue, fizesse escorrer água em um lindo jardim.
Que o corrupto de seus suntuosos palácios se arrependesse e se fizesse amigo dos velhos, dos doentes e pobres almas que morrem inocentes...
Que o traidor se convertesse em fiel homem de conduta linear.
Que os versos às vezes mudos gritassem e mudassem o revolto clima... nossa mesquinharia.
Que o engenheiro ajudasse ainda mais, com sua matemática, o meio...
Que aqueles que vagam a esmo encontrassem seus caminhos...
Que aqueles que são sovinas não economizassem mais carinhos.
Que o pobre enxergasse mais que o pão que sua mesa falta.
Que aqueles que não encontram a felicidade, percebessem nela (a poesia) um pouco de Deus... e, explodissem em frenéticos risos e nesta frenesi se percebessem lindas e ricas criaturas...
Mas sei que muitos a ela não teriam acesso...
E estaria ilhado todo este processo...
Todavia, aqueles que a vivessem fariam como a chuva que chega de surpresa, e o mundo se convergiria em uma extrema alegria, em que um dos primeiros passos seria: respeitar a todos, sobretudo a quem um dia, num momento de lúcida loucura ousou em pensar um mundo melhor, nem que seja em rabiscos em folhas de um livro qualquer...
Marcio José de Lima em:
(04/01/2009).

Imagem obtida em:http://ameninadeoculos.blogspot.com.br/2010/07/chuva-na-janela.html

4 comentários:

Ninguém para trás!

Ele olhou para trás, como uma profunda utopia, havia ninguém lá... Olhou à frente, também, ninguém havia lá... Ao olhar bem mais atento, tod...