Queria tanto escrever uma poesia...
Que quando terminassem de lê-la, o
pranto regasse nossos desencantos... Que o bandido ao invés de fazer
escorrer o sangue, fizesse escorrer água em um lindo jardim.
Que o corrupto de seus suntuosos
palácios se arrependesse e se fizesse amigo dos velhos, dos doentes
e pobres almas que morrem inocentes...
Que o traidor se convertesse em fiel
homem de conduta linear.
Que os versos às vezes mudos
gritassem e mudassem o revolto clima... nossa mesquinharia.
Que o engenheiro ajudasse ainda mais,
com sua matemática, o meio...
Que aqueles que vagam a esmo
encontrassem seus caminhos...
Que aqueles que são sovinas não
economizassem mais carinhos.
Que o pobre enxergasse mais que o pão
que sua mesa falta.
Que aqueles que não encontram a
felicidade, percebessem nela (a poesia) um pouco de Deus... e,
explodissem em frenéticos risos e nesta frenesi se percebessem
lindas e ricas criaturas...
Mas sei que muitos a ela não teriam
acesso...
E estaria ilhado todo este processo...
Todavia, aqueles que a vivessem fariam
como a chuva que chega de surpresa, e o mundo se convergiria em uma
extrema alegria, em que um dos primeiros passos seria: respeitar a
todos, sobretudo a quem um dia, num momento de lúcida loucura ousou
em pensar um mundo melhor, nem que seja em rabiscos em folhas de um
livro qualquer...
Marcio José de Lima em:
(04/01/2009).
Imagem obtida em:http://ameninadeoculos.blogspot.com.br/2010/07/chuva-na-janela.html
Fantástico.
ResponderExcluirObrigado "um amigo" pela participação, continue conosco!
ResponderExcluirExcelenteeeeeeeeee
ResponderExcluirObrigadíssimo... Um abraço!
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