quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Não me conte...

Não me conte. 
Em minha frente há um monte? 
Não me conte... 
O que corre em minha fronte? 
Não me conte... 
É  normal que seu olhar me desmonte? 
Não me conte... 
Matamos o que é certo,  no dorso do rinoceronte? 

Não me conte... 
Que caímos como um pato no conto do vigário? 
Não me conte... 
Que pagamos por um serviço não feito, como um otário? 
Não me conte... 
Que a preguiça teve erguido seu cambaleante santuário? 
Não me conte... 
Que a abelha sumiu deixando seu sudário? 
Não me conte... 
Que nunca se sabe tudo e a felicidade é um ótimo salário? 

Marcio Lima 

Imagem: freepic



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