quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Chapéu velho jogado aos cantos (Revisto)

 



Hoje meio que chapéu velho jogado aos cantos, eu sigo...
Não me importo, pois poderia ser pior...
De seguir sem o olhar, ao menos de um amigo...
Ter a impressão de que nada valeu meu suor...

Assim sigo…
Chapéu velho jogado aos cantos…


Nem que seja à peleja vã...

Supero caminhos tortuosos

que (às vezes) são tantos…

Assim sigo…

Chapéu velho jogado aos cantos…


Mas, sôfrego digo: da dura lida sou fã...
E assim sigo…
À luz amiga da lua, nos campos lindos em flor...
Tendo o sol como amigo...
E a insistente saudade de meu amor…


Assim sigo...
Como um chapéu velho jogado aos cantos...

(Marcio Lima)


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sábado, 5 de outubro de 2024

Poema-rascunho...

 

Vê lá, se dá uma página que se aproveite, de tudo que falei…

Se der uma linha, ter-me-ei por contente…

Minha estrada, que achei outrora que se faria larga, estreitou-se…

Meus pés já esqueceram dos solavancos e tropeços… hoje, trôpegos…

Quando a vida se fazia pra mim, forte luz, era tudo exclamação…

Mas, com o tempo se fez icônicas interrogações, 

E, hoje  convicto, quase sem que dizer, são só reticências…

Oh, minhas tão certas ciências, de respostas tão vastas,

Já fiz tantas perguntas e as lancei ao universo,

Que não raramente, ao invés de se fazerem tratados,

Se involucram em si mesmas e se convertem em versos…

Vejo árvores, sóis, estradas cansativas, pedras em tantos caminhos…

Retas e semicírculos em todos os cantos,

Odes, sonetos, versos livres, melodias, cantos…

Tantos conflitos, nenhuma certeza, nenhuma harmonia…

Só receitas, gráficos, retângulos, perguntas, nenhuma poesia…

(marcio lima)

Estou aqui...

  Não deixe que a dureza de meus versos abale seu dia... Deixe-me aqui nesse amontoado de nada e alguma coisa. Ficarei na frente des...