Vazou
do azul anil, rastro delator. Era desejo puro, síntese da dor. Os
olhos a brilhar, rios serenos a buscar o mar. Pinta a folha branca,
história descuidada. Queria príncipe, quem fora besta malvada... O
acaso em ofegos, parecia ter mudado dois destinos... Em erupção
duas almas explodem em celeste véu... Quem experimentou o amargo dos
dias, que se sucedem, pensa ter encontrado em suas papilas o leve e
forte gosto do mel. Seria o ponto elíptico e a volta ao Xeol... Mas,
quis a dama doce que acende os dias das almas, não voltar ao ponto
inicial... Pois no cume à explosão vulcânica, foram soldados dois
destinos... E, em suspenso, um novo jardim foi decretado pelo cupido.
Uma das maravilhas do amor, aberta à visitação, em que buscou
disformemente não possuir forma. Mas, que resilientemente,
desenhou-se assim: em curvas suaves de um Belo coração.
Marcio
José de Lima. Laranjeiras do Sul, 17/03/2015
Imagem obtida em: http://pixabay.com/pt/p%C3%A9s-lama-areia-vulc%C3%A3o-terra-289001/
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