Deixei-me ali estirado ao chão... Um coração ao lado. A boca ainda vazia. Não haviam palavras. Deixara claro minha preferência pela poesia. Ao invés de gritos e a força bruta. Minha voz suave era havida como fraqueza. Nunca erguia a voz nem para discordar da mais óbvia idiotice... defendida com os dardos de mais inflamados sofismas. Sofria quieto. Meu maior grito era - o tempo que premiava cada desavença com seu devido preço. Cada grão de areia bailava seu devir... cada verso teimava em sair com pelo menos uma gota de esperança. Esperança de ver o que é justo... ser realmente justo. A criança dormir satisfeita de pão e amor paternos. Os pais, de peitos abertos estarem presos por amor... livres de tudo. Juntos por algo bem maior... Um conjunto de sonhos a dois... Escrito num livro Dourado... o mais valioso livro com histórias verdadeiras, não com menos importância que elas, mas com diretrizes a uma alma, a qual algum dia foi dividida em duas partes... e hoje buscam soldar o que o ódio algum dia tratou de separar.
Marcio Lima
Do blog devaneios literários do Lima - 10/11/2015
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