Nosso agradecimento e continue conosco!
Fique com o 5º texto que é o “príncipes e princípios... (princes and principles...)”.
Nas obras de Maquiavel e Montaigne as questões de ética, moral, educação são práticas universais, são discursos que (re)inauguram o pensamento crítico de suas épocas, Maquiavel demonstra um pensamento político em que apresenta normas para preservação do poder e harmonia dos territórios em que o governante mantém o seu poder. A sua obra maior apresenta o príncipe ou governante sempre em constante negociação, em que suas ações boas (virtudes) ou más visam a um bem maior, mostrando um homem sempre em um dualismo - bem x mal, mas, de certa forma se afastando dos princípios teocêntricos da Idade Média.
Montaigne é um filósofo que teoriza a busca de uma verdade pela dúvida, pelo conhecimento prático em que o homem deve buscar o autoconhecimento como libertação ou plenitude.
Segue o texto:
Título: príncipes e princípios... (princes and principles...)
Óh príncipes e princípios...
Haveria algo que justificasse a perda de minha ética, que não fosse uma resposta ao que vejo de forma quase mimética?
Haveria da dor alheia ser meu consolo em nome de um bem maior?
Qual seria minha medida para saber se o mal que assola um homem não é maior que a dor que se encerra no âmago de um povo?
Haveria fortuna que pagasse uma noite mal dormida? Ou o declínio profundo de meu ser?
Saberia o sábio a responder se perder, às vezes, é vencer?
Qual seria o correto? Minhas muitas dúvidas que pairam em minha mente? Ou a certeza que me deixa oniricamente feliz?
Óh, governo de meus dias, de minhas horas, de meus espaços e devaneios...
Eu saberia que logo ali, após deixar o óbvio em minha frente correr, poderia ser ele a chave de minhas tantas indagações e respostas? Ou seria ele só um animalzinho preguiçoso sob uma deliciosa sombra de uma árvore qualquer?
Seria viável o falar ou o pensar verdades? Qual dessas duas faculdades me causariam menos penares? Ou deixaria o saber se esvair por ele mesmo em um poço qualquer?
Ainda, o que me invade os recônditos, é saber que o amor anda tão próximo de seu oponente, o ódio, e que converter um em outro é uma questão de átimo... E, que confiar segredos a quem ama pode ser uma brasa na mão mal protegida... Logo eu, pensar assim que já fui tão apaixonado e amante das mesmas coisas e pessoas...
Sou um sol apagado de mim mesmo, espelho tão opaco de mentiras tão consolidadas difíceis de serem desmentidas... Um verdadeiro cético de nada, que cai fácil na primeira retórica que carrega algo de pomposo e aparentemente verossímil...
Sou presa fácil num mundo selvagemente moderno, selvagemente sagaz e egoísta, sedento de luxúrias e poder...
Sou amoroso e ao mesmo tempo cético... Há um antagonismo ridículo em ser assim? Posso ter raiva e amor ao mesmo tempo? Logicamente não, humanamente sim... E, pergunto ao meu príncipe, aquele que habita em mim... Por que sou assim?
(Marcio Lima)
Obs.: O presente poema foi inspirado a partir de aulas/vídeos sobre a obra de Nicolau Maquiavel e Michel de Montaigne, a partir da interpretação subjetiva de seu autor.
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Nosso muito obrigado em um feliz 2024!
Imagem obtida em: https://pixabay.com/pt/illustrations/garoto-corrida-sombra-dire%C3%A7%C3%A3o-4054961/
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