quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Lançamento do livro "Pessoas são livros que andam"

Gostaria de compartilhar com você este momento. 
Trata-se do lançamento do livro de crônicas literárias acima citado, lançado pela Amazon no formato digital Kindle. 
Do que trata o mesmo?
Trata-se de um livro de crônicas, histórias de faz de conta, tendo-se algumas baseadas em histórias reais. 
Pessoas são livros que andam é um livro que leva este nome por considerar que cada um de nós é um livro... alguns mais acessíveis, outros não... Mas mesmo assim, nenhum "livrinho" é desmerecedor, pois acredito que todas as histórias são importantes... E quantos "livros" serviram de inspiração a esta obra...! 
Você verá alguns personagens bem possíveis de se encontrar por aí. Outros,  mesmo inventados, nos deixam uma lição ou nos levam à reflexão. 
A você, desde já,  meu obrigado e boa leitura. 
Segue o endereço para aquisição do mesmo. 

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Segue uma "provinha" do Livro, do texto que o integra:



UM HOMEM CAÍDO NO CHÃO


Há um homem caído no chão. Quem se importa?

Bala ao peito. Sangue pintando a calçada. Um sonho estendido no chão, uma esperança... Em casa filhos riem inocentes. Um sonho desenha no piso sua silhueta. Mas quem se importa? Todos passam apressados, resignam-se com a lentidão do trânsito, com a ignóbil figura, raquítica, de mãos encouraçadas, de mochilas nas costas, com sua térmica quebrada, marmita com um resto de comida dando nojo nos transeuntes. Envergonha-lhes. O ônibus vomita pessoas... Aos chutes o corpo anda.

Que culpa tinha este cristão? Todos atônitos com seus anseios bradam “liberem a rua!” ”já é hora de minha novela.” “Logo começa o jornal.” Todos seguem... A chuva cai e lava o sangue... Lava a discreta cal que ainda permeia nas mãos de nosso pitoresco herói. O corpo está só. Jogado à rua em frente à igreja. Ouvem-se primeiras cantigas cantadas pelas beatinhas, pontualíssimas às sete horas da noite... O sino toca... A plateia canta animada o canto de acolhida. Uma criança desobedece a mãe e sai correndo na chuva levando em suas pequeninas mãos um cartãozinho com o retrato de Nossa Senhora do Guadalupe. Ela para tristemente em frente àquele moribundo corpo, deposita em suas mãos a santinha. A mãe preocupada com a filha, dissipa-lhe qualquer vestígio de realidade, grita quase que desesperada agarrando a mão da pequenina “venha aqui filha o titio já sara!” A criança olhando para trás joga um singelo beijo àquela figura. A celebração continua calorosa.

(Marcio J. de Lima) 02/05/2011
 


2 comentários:

  1. Muito interessante. Fiquei curiosa em saber o que aconteceu!¡👍

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    1. Obrigado pela leitura, pelo apoio e pela companhia. Espero que goste do texto. Um abraço 🙏

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