Você me vê tão sério
Esquece de minha dor
Se esconde em seus mistérios
Você, você, Amor...
Corre tão depressa
Que eu não posso alcançar
Enquanto você vai a 100
Acabei de parar...
Sua cabeça está na ciência
Nas questões sociais
Eu, só carência
Nas ruas, nunca mais...
As bombas explodem ao seu lado
A coragem habita seu peito
Eu fico enjaulado
Dizendo não tem mais jeito...
Replica a voz dos fracos
Em seus amargos lamentos
À noite encho meus cacos
Afogando meus tormentos...
É a moça das ideologias
Em busca de justiça
Afoguei toda poesia
No meu mar de cobiça...
Me enche de inspiração
Me faz de novo sonhar
Com seus olhos de leão
E seu doce jeito de amar...
Marcio José de Lima
Guarapuava, 12/12/2016.
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