Ao alto
Um assalto...
No chão
Um coração...
Na cabeça
Uma peça...
Lá vai o bonde,
ouviu conde?
Vende-se um gigante
Que cospe o puro carbono
Sem dono e barato...
Vende-se um trem
Que mal tem?
A graxa e a lama
O portão no trilho...
E a estrela
Que fizeram com seu brilho?
Vai ao longe um menino chorando
Fome, sede, pátria, folha branca, vai gritando...
Desmorona a esperança
Alguém pede o açoite
Anoiteceu,
Busque um novo pernoite...
Maria, Joana, Elza, Esperança...
Tragam, antes que tudo se perca,
Por favor, uma linda criança!
Marcio J. de Lima
ORFANATO
Havia um pequeno ali esquecido. Tantos padrões, poucas almas. O tempo corre. Um coração se apequena. Cresce infinitamente a solidão. Um adulto nasce parido no amargor dos dias que se sucedem ao som do tic-tac. Um corpo anda pela cidade... Somente corpo. Em qual orfanato andará sua alma?
Marcio J. de Lima
ORFANATO
Havia um pequeno ali esquecido. Tantos padrões, poucas almas. O tempo corre. Um coração se apequena. Cresce infinitamente a solidão. Um adulto nasce parido no amargor dos dias que se sucedem ao som do tic-tac. Um corpo anda pela cidade... Somente corpo. Em qual orfanato andará sua alma?
Marcio J. de Lima
Excelentes devaneios!
ResponderExcluirGosto muito deste tipo de publicação!
Obrigado Marina, é um prazer poder repartir um pouco de que possuo. Obrigado sempre pela sua força. Um abençoada Páscoa!!
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