Mísera Racionalidade,
de emoção me privou.
Tolhestes meus versos
soltos
fazendo-os frios e sem
cor.
Que fizestes com minhas
rimas pobres?
Que fizestes com minhas
chaves de ouro?
Fez-me um empilhador de
signos vazios...
Oh Racionalidade...
Como temia que levasses
embora
minhas faceiras
metáforas,
e com elas minhas
declarações
de amor à bela musa.
Ou talvez,
o desejo imenso de
libertação.
Não te importastes
oh Racionalidade!
Quisestes assim...
Fizeste-me por ora
assim...
Oh quiçá,
Quando ao mar avistares
Tu te tornes
amiga daquela senhora
querida
que caminha de pés
descalços na areia
que atende por Emoção,
e que as duas unidas
retornem-me com
uma estranha força
daquelas que impulsiona
a cumprir o que no íntimo
desejo,
escrever pra minha
querida
e àqueles que precisam,
em um dia por nuvens
tolhidos,
nem que seja a mimese
fingida,
um poema com mote
qualquer
por elas escolhidos.
(M. J. de Lima,
03/08/2010).
Fonte da imagem: http://equilibrio-eu.blogspot.com.br/2011/03/oracao-da-serenidade.html
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