domingo, 25 de agosto de 2013

AMIGAS



Mísera Racionalidade,
de emoção me privou.
Tolhestes meus versos soltos
fazendo-os frios e sem cor.
Que fizestes com minhas rimas pobres?
Que fizestes com minhas chaves de ouro?
Fez-me um empilhador de signos vazios...
Oh Racionalidade...
Como temia que levasses embora
minhas faceiras metáforas,
e com elas minhas declarações
de amor à bela musa.
Ou talvez,
o desejo imenso de libertação.

Não te importastes
oh Racionalidade!
Quisestes assim...
Fizeste-me por ora assim...

Oh quiçá,
Quando ao mar avistares
Tu te tornes
amiga daquela senhora querida
que caminha de pés descalços na areia
que atende por Emoção,
e que as duas unidas retornem-me com
uma estranha força
daquelas que impulsiona
a cumprir o que no íntimo desejo,
escrever pra minha querida
e àqueles que precisam,
em um dia por nuvens tolhidos,
nem que seja a mimese fingida,
um poema com mote qualquer
por elas escolhidos.
(M. J. de Lima, 03/08/2010).

Fonte da imagem: http://equilibrio-eu.blogspot.com.br/2011/03/oracao-da-serenidade.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ninguém para trás!

Ele olhou para trás, como uma profunda utopia, havia ninguém lá... Olhou à frente, também, ninguém havia lá... Ao olhar bem mais atento, tod...