No
princípio foi assim – um olhar perdido, um toque casual... Um “oi”
meio preso. Sentiu-se um calor, algo tão bom...
Em meio a
milhões de coincidências e tamanhas congruências, duas algumas se
convergiram – pelo menos naquele instante – em uma só.
O tempo
passa – e passa impiedoso. Vêm os rebentos e frutificou um amor.
Pela
correria do dia a dia, vêm as insanas buscas que atordoam as
enamoradas almas – e estas não poderiam deixar de sofrer de tal
mal, de se sentirem atônitas...
Neste
instante, tudo parece à deriva, e ficou assim por um bom tempo. As
histórias perderam a graça, as amarguras vividas a dois deixaram de
ensinar na mesma intensidade que ensinavam, e perderam o seu valor
salutar ao casal – pelo menos aparentemente...
Eis o
momento da culpa. Quem é o culpado? Lógico que não seria diferente
– e a resposta óbvia – o outro. Assim é mais fácil de
responder – assim é mais fácil de concluir – assim é mais
fácil – é para se proteger...
Saíram
os pombinhos em uma – pretensa – busca maior, primando à
felicidade... que tinham a impressão que não morava onde moravam.
Perdem-se
os caminhos... E duas almas tão solitárias e moribundas,
reencontram-se, e, como se tudo de ruim tivesse se exaurido, renasce
um novo amor – renasce o mesmo amor.
(Marcio
J. de Lima)
Imagem obtida em:http://larissa-larimor.blogspot.com.br/
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