sábado, 28 de setembro de 2013

Dialética Amorosa



No princípio foi assim – um olhar perdido, um toque casual... Um “oi” meio preso. Sentiu-se um calor, algo tão bom...
Em meio a milhões de coincidências e tamanhas congruências, duas algumas se convergiram – pelo menos naquele instante – em uma só.
O tempo passa – e passa impiedoso. Vêm os rebentos e frutificou um amor.
Pela correria do dia a dia, vêm as insanas buscas que atordoam as enamoradas almas – e estas não poderiam deixar de sofrer de tal mal, de se sentirem atônitas...
Neste instante, tudo parece à deriva, e ficou assim por um bom tempo. As histórias perderam a graça, as amarguras vividas a dois deixaram de ensinar na mesma intensidade que ensinavam, e perderam o seu valor salutar ao casal – pelo menos aparentemente...
Eis o momento da culpa. Quem é o culpado? Lógico que não seria diferente – e a resposta óbvia – o outro. Assim é mais fácil de responder – assim é mais fácil de concluir – assim é mais fácil – é para se proteger...
Saíram os pombinhos em uma – pretensa – busca maior, primando à felicidade... que tinham a impressão que não morava onde moravam.
Perdem-se os caminhos... E duas almas tão solitárias e moribundas, reencontram-se, e, como se tudo de ruim tivesse se exaurido, renasce um novo amor – renasce o mesmo amor.

(Marcio J. de Lima)

Imagem obtida em:http://larissa-larimor.blogspot.com.br/

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

domingo, 22 de setembro de 2013

Celebro a vida em versos



Perguntou-me um dia alguém por que escrevo versos tão doces. Meus poemas, lembro-me bem, por que ao mundo eu os trouxe. 
Foi para cantar a alegria em uma bela manhã de sol. Foi para encantar quem já sabia – vive bem quem não vive só.
Sou um cantante enamorado, que esparrama seus versinhos, e por um minuto deixa de lado – a vida dura em espinhos.
Não esqueci da dor do pobre, nem da mãe que chora a esmo. Nem todo o sentimento nobre, nem a história de mim mesmo.
Não sou poeta egoísta, divido com todos os meus versos, e por isso sou altruísta. E, quem guarda só a si, é diverso.
Não fecho os olhos ao mundo. Não vivo no mundo da lua. Mas, busco sentimento bem fundo, na dor que encontro na rua...
Se às vezes me corre o mel num soneto, é que canto a vitória buscada. E, o homem em seu ímpeto; busca a vida, que é celebrada.
Não escorre a lágrima ligeira, sem que seja para um bem futuro. Mesmo que seja com nada na algibeira, forjando com o ouro, equilíbrio ao homem maduro.
Não desfaço de quem me questiona “por que meus versos são tão doces”. Pois sabe que me emociona louvar à vida, presente, a quem os trouxe.

(Texto de: Marcio J. de Lima – 23/04/2013. Imagem obtida em: http://ultradownloads.com.br/papel-de-parede/Contraste-Natural/)


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Quitanda


Na Quitanda
O velho quitandeiro,
Com a preguiça de
____Sempre____
Vendia só o básico:
O Requintado
____ e ___
O Essencial.
(marcio j. de Lima)

(homenagem a Mário Quintana)
Imagem obtida em: http://peregrinacultural.wordpress.com/tag/ilustracao/

sábado, 7 de setembro de 2013

VIDA SIMPLES


Quem algum dia, ao fulgor da lua,
Não lembrou de um grande amor?
Daquele que marcou a vida sua,
Que quando no peito o sente rola uma sutil dor?

Quem não se emocionou com o riso das crianças?
Com as músicas apaixonadas do Vinícius?
Qual homem, da linda morena, não quis tocar as suas tranças?
Fazer isso todo dia para trazer bons auspícios?

Quem não ficou a lançar pedras no rio?
A olhar o peixe alegre no lago pular?
Na São Silvestre correr e, ver isso só como mais um desafio...
Sentir-se vivo, capaz e, com o vencer não se preocupar.

Pequenas coisas, coisas tão simples e singelas,
Tão importantes quanto à teoria da relatividade,
Tão importantes quanto ao príncipe acabar com a donzela.
É o homem que se humaniza e esquece de sua animalidade.

(Texto de: Marcio J. de Lima, 17 de junho de 2008)
Imagem obtida em: http://miscelaneadoorejana.blogspot.com.br/
Essa imagem é um quadro de Robert Duncan - EUA

Este momento 1...

  Dói.  Forma estranha de começar um poema. Forma medíocre para o mundo que só vende fórmulas para livrar-nos da dor. Assumir alguma dor é m...