quinta-feira, 24 de novembro de 2016

viver

O medo de morrer
Fere de morte
A coragem de viver,
Que digo ser mais forte!
Marcio José de Lima

Devaneando

"O tempo premia cada tropeço com seu devido preço..." (Marcio Lima)
 
Baseado na crônica endereço abaixo:
http://devaneiosliterariosdolima.blogspot.com.br/2015/11/devaneando.html

Escuridão


Certa vez o sol ficou curioso para conhecer a escuridão, desta forma o mesmo decidiu sair em viagem em busca de alguém que soubesse onde ele encontraria o sol, logo pelo amanhecer o sol parte em sua jornada rumo ao desconhecido da escuridão. Logo no inicio da jornada o sol encontra uma nuvem a qual esta com pressa, pois deve ir levar chuva aos cantos mais remotos da terra. Assim o sol aborda a nuvem e começam a conversar.
- Dona nuvem a senhora sabe me dizer onde encontro a escuridão? E a nuvem responde.
- Ó esplendoroso sol você irá encontrar a escuridão na tempestade mais severa que tem.
Assim o sol resolve mergulhar na tempestade mais severa que encontra, mas o que encontra é apenas muita luz e claridade. O sol sentindo-se decepcionado resolve continuar a procurar o significado de escuridão. Nesse momento ele encontra uma rocha e pergunta.
- Ó rocha tu que és sólida e resistente poderia me dizer onde encontro a escuridão?
- Sol tu poderás encontrar a escuridão no fundo de caverna, a mais obscura caverna que nenhum animal ousa adentra-la.
Então o sol desce ao mais ínfimo de uma caverna, mas no momento que ele chega ao interior da mesma não encontra nada mais que uma claridade, quando viu tudo claro a sua volta o sol se sentiu triste e uma lágrima verteu de seus olhos.
Voltando decepcionado ao céu e ainda sem conseguir ver a escuridão, o sol encontra com o oceano e o oceano lhe pergunta.
- Ó magnânimo sol que esquenta minhas posso saber por que está tão triste?
- Ó companheiro oceano, estou triste, pois estou à procura de conhecer com é a escuridão! Nisso o oceano responde;
- Ó sol sua busca acaba de chegar ao fim, pois eu sei onde podereis encontrar a escuridão. Tu poderás encontrar o que procuras na parte mais profunda das minhas águas lá onde nenhuma criatura marinha consegue chegar.
- Obrigado meu velho amigo oceano vou pra lá agora.
Nisso o sol mergulha nas profundezas do oceano, mas quando chega ao destino, ele percebe que somente encontra luz e nada de escuridão. Sentindo se muito decepcionado e triste o sol volta ao céu e começa a chorar, nisso uma nuvem que vinha passando se preocupa com o desespero do sol e resolve perguntar.
- Porque choras sol?
- Choro, porque não consigo ver a escuridão.
- Não chores meu amigo, pois tu não poderás ver a escuridão, já que tu és luz pura. Mas não ficas triste não tu não sabes o quanto é lindo te ver brilhando lá no céu e o quanto você é importante para todos os seres que habitam essas terras.
Com isso o sol ficou alegre e brilhou intensamente naquele dia como nunca havia brilhado até então. Pois o sol entendeu que sem a sua presença tudo seria escuridão e nada iria sobreviver em uma completa escuridão. Por mais que a escuridão da noite seja um grande mistério é preciso amanhecer necessitamos da luz do sol para iluminar nosso amanhecer.

Autor: Adelino Teston
 
O blolg agradece ao Escritor pela autorização à publicação. Um belo conto. 

O homem só...



Eram tolas minhas histórias...
Mas mesmo assim...
Você se viciou em ouvi-las.
Tinha-me como possuidor de certo charme.
Um homem de meia-idade, assim era eu.
Sorria como um entorpecido lunático,
Pois faltava-me lucidez em minhas pueris atitudes...

Fazia-se tão imponente...
E no alto pedestal admirava-lhe.
Achava que só estes meus olhos, ditos sofridos,
Tinham o dever da lágrima insana,
Do olhar de despedida em cachoeira na esquina,
Dos devaneios tão concretos em noites de lua,
Dos vácuos dos momentos elípticos transfigurado em silêncio...

Deduzindo que só quem amava, era este paupérrimo amante,
Ensimesmei, Em-mim-mesmei...
E embaralhado nas teias de meu mesquinho egoísmo,
Olhei ao longe a moça que no barco acenava, ao mar,
Ao homem, que se sentia falsamente, a se bastar...

Marcio José de Lima
18/05/2010 – Revisto em 23/11/2016

Imagem obtida em: https://pixabay.com/pt/praia-passos-solit%C3%A1rio-dist%C3%A2ncia-1570258/


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Lançamento do livro "Pessoas são livros que andam"

Gostaria de compartilhar com você este momento. 
Trata-se do lançamento do livro de crônicas literárias acima citado, lançado pela Amazon no formato digital Kindle. 
Do que trata o mesmo?
Trata-se de um livro de crônicas, histórias de faz de conta, tendo-se algumas baseadas em histórias reais. 
Pessoas são livros que andam é um livro que leva este nome por considerar que cada um de nós é um livro... alguns mais acessíveis, outros não... Mas mesmo assim, nenhum "livrinho" é desmerecedor, pois acredito que todas as histórias são importantes... E quantos "livros" serviram de inspiração a esta obra...! 
Você verá alguns personagens bem possíveis de se encontrar por aí. Outros,  mesmo inventados, nos deixam uma lição ou nos levam à reflexão. 
A você, desde já,  meu obrigado e boa leitura. 
Segue o endereço para aquisição do mesmo. 

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Segue uma "provinha" do Livro, do texto que o integra:



UM HOMEM CAÍDO NO CHÃO


Há um homem caído no chão. Quem se importa?

Bala ao peito. Sangue pintando a calçada. Um sonho estendido no chão, uma esperança... Em casa filhos riem inocentes. Um sonho desenha no piso sua silhueta. Mas quem se importa? Todos passam apressados, resignam-se com a lentidão do trânsito, com a ignóbil figura, raquítica, de mãos encouraçadas, de mochilas nas costas, com sua térmica quebrada, marmita com um resto de comida dando nojo nos transeuntes. Envergonha-lhes. O ônibus vomita pessoas... Aos chutes o corpo anda.

Que culpa tinha este cristão? Todos atônitos com seus anseios bradam “liberem a rua!” ”já é hora de minha novela.” “Logo começa o jornal.” Todos seguem... A chuva cai e lava o sangue... Lava a discreta cal que ainda permeia nas mãos de nosso pitoresco herói. O corpo está só. Jogado à rua em frente à igreja. Ouvem-se primeiras cantigas cantadas pelas beatinhas, pontualíssimas às sete horas da noite... O sino toca... A plateia canta animada o canto de acolhida. Uma criança desobedece a mãe e sai correndo na chuva levando em suas pequeninas mãos um cartãozinho com o retrato de Nossa Senhora do Guadalupe. Ela para tristemente em frente àquele moribundo corpo, deposita em suas mãos a santinha. A mãe preocupada com a filha, dissipa-lhe qualquer vestígio de realidade, grita quase que desesperada agarrando a mão da pequenina “venha aqui filha o titio já sara!” A criança olhando para trás joga um singelo beijo àquela figura. A celebração continua calorosa.

(Marcio J. de Lima) 02/05/2011
 


TAEs na luta

O blog devaneios literários do lima apoia a Greve dos Técnicos Administrativos em Educação das Instituições de Ensino Federal. Por uma Educa...