quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Degustar

Me recondito nas metáforas
Desabrocho no singelo
Piscar das estrelas que
Habitam este uno ser...

Márcio José de Lima

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Indecência

Parado estava ali em frente às pessoas. Havia algo de muito indecente. Não, não estava nu. Era pior, pois havia rasgado e escancarado seu peito. O coração estava à mostra. Todos se deleitavam diante deste impuro ato.
O homem nu, na praça, depositado em forma disfarçada de estátua, sempre sofrera as mais duras críticas por não carregar sobre suas obtusas formas, vestes...
Só uma senhorinha esboçou um olhar de desaprovação...
- Pura depravação! Que falta de decoro... Pensou a experiente senhora.
- Que pessoa em sã consciência abriria seu peito,  em plena praça pública,  e de lá deixaria escancarado seu coração, deixando-o à mostra e ao fundo, sua alma...?
Todos ali parados, exceto a senhorinha, boquiabertos...
O riso se alternava com a seriedade dos versos...
Poderia a melodia ter carregado cada palavrinha... todavia, o vento a seu favor, serviu de acompanhamento...
O sol tostou cada letra, cada palavra, cada verso, cada estrofe que esvoaçantes teimavam em se agarrar nas árvores, nas asas dos pássaros, nos braços e olhos das estátuas que contemplavam a praça e suas belezas...
Diante de tal quadro, num verdadeiro louvor ao Sagrado, numa sinestesia os gostos se misturaram aos pensamentos, o vento se misturou aos sonhos, a vida se misturou à esperança...
Minutos depois... quando todos com uma certa leveza ao peito, a ponto de encarnar tal ato escandaloso... simplesmente se vestiram de silêncio ... aplaudindo freneticamente tal episódio...
A casa se fez, saudade. Ali sim... no silêncio de algum de seus cômodos, todos sentiriam o prazer sem igual,  de pelo menos um pouquinho praticar, nem que fosse uma vez na vida, indecência...
Marcio José de Lima - 20-10-2015 - Laranjeiras do sul - PR.
Blog devaneios literários do Lima

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Feliz dia do professor!

A todos professores deste meu querido Brasil,  um feliz dia dos professores!
Nosso respeito e carinho a este importantíssimo ofício! Parabéns.
Feliz dia do Professor!

Do blog devaneios literários do Lima

Uma voz...

O homem queria seguir... sabia que precisava. Todavia não sabia a que lado ir... como fez falta uma voz que o guiasse! ... De fome, por ignorância,  morreu ali.
Marcio Jose de Lima




Copo de lua...

A lua que mira o homem
Que mira a lua
Que escorre do copo
Que enche a'lma sua.

Marcio José de Lima 

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Lançamento virtual do livro "Um amor em um momento" (Virtual launch of the book "One love in a moment")

Quero compartilhar com você amigo leitor do blog o lançamento do livro "Um amor em um momento".
Ele está sendo lançado pela Amazon, uma das maiores editoras do mundo, no formato digital, que dará a você uma maior comodidade para sua leitura e acesso. Segue abaixo uma breve sinopse do mesmo. Desde já meu muito obrigado querido leitor.
Continue conosco!


SINOPSE DO LIVRO UM AMOR EM UM MOMENTO

Trata-se de um conto em que a protagonista, Siné,   ao meio a uma dieta maluca, conhece um mundo totalmente diferente. Logo após, desfoca de uma vida monótona, descobre a si mesma, bela, inteligente, desperta em seu mundo o amor pela leitura e outras coisas que não se importava antes. Aberta a novas experiências, olhando com mais amor a si mesma e ao que a rodeia, conhece seu grande amor. Com ele, um novo viver. Siné conhece Dorva e com ela vive uma nova amizade, que se trata de um lobo em pele de cordeiro, que tentará roubar seu amor... Vale a pena conferir esta história... e o final, é você leitor quem decide. (Do blog "Devaneios Literários do Lima". Bibliografia. Lima, Marcio J. Sinestética: Um amor em um Momento, in "Devaneios em Prosa". Guarapuava-PR, UNICENTRO, 2011. p. 9-62).

Adquira seu exemplar no site abaixo.



Da sacada do hospício da vida, uma multidão, em um deslocar sem sentido, andam de um lado a outro, seres indefinidos correm em busca, de alguma coisa que não sei o que é; se pergunto, porque corres tanto? Resposta emérita, não sei. Sociedade de seres artificiais, vivendo uma vida descartável, sem sentido, onde um homem não vê  no outro a substância humana, apenas objeto de consumo, de prazer, satisfação simultânea. Correndo ao longe, lavabo das tristezas, sentimentos implantados pelo tempo, que ao desgastar das esperanças, perdido, da sacada contempla a beleza de uma vida vivida, sem saída, apenas vivida, buscando não morrer uma memória que um dia já viveu para não deixar de ser... Caminhada artificial, vivência sutil de um novo amanhecer que deixou de viver, vegetando a espera de um novo ser... Abel de Andrade, Curitiba, PR.

O blog agradece ao poeta por ceder o texto para publicação...

terça-feira, 6 de outubro de 2015

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Feliz infeliz...

Tem pessoas que são felizes sendo infelizes...
Por isso a sensibilidade nos diz que
Não podemos fazer os outros infelizes...
Bom que se economiza energia para vivermos
Para o que realmente vale a pena...
Marcio José de Lima

Este momento 1...

Dói.  Forma estranha de começar um poema. Forma medíocre para o mundo que só vende fórmulas para livrar-nos da dor. Assumir alguma dor é mei...