Pular onda

 

Pulou a onda.

Era a primeira e dependia dele mesmo, a flexionar até mesmo o mais forte metal como o tungstênio - o perdão. 

Pulou a onda.

Era a segunda, trazia escrustada centelhas de felicidade, e ainda dependia dele - a caridade desinteressada.

Pulou a onda.

Era a terceira que exigia mais ainda - era a fé para momentos de desesperança.

Pulou a onda. 

Era a quarta que lhe acompanhava recôndita ao seu lado - a esperança. 

Pulou a onda.

Era a quinta que lhe incomodava, mas se mostrava fundamental ao seu proceder, aos seus julgamentos - a sabedoria. 

Pulou a onda.

Era a sexta. Como fazia diferença nos dias de hoje, estava em suas mãos - a empatia. 

Pulou a onda. 

Era a sétima e moveria montanhas, não estava longe de si e mudaria o mundo - o Amor.

(Marcio Lima)

 

Imagem obtida em:  https://pixabay.com/pt/photos/ondas-agua-mar-oceano-surfar-3194367/

*Átimo existencial*

Que a loucura seja mote balisador de belezas pros momentos em que a criatividade aflorar... 

Que seja a assinatura de algo que se expande; mexe as estruturas, causa suas consequências e resultados; e volta ao seu tamanho e curso normais... 

Tudo isso num átimo existencial. 

(Marcio Lima)

Imagem: crédito Marcio Lima 

Feliz Natal e um próspero 2024!

Que o Natal faça o Amor renascer em nossos corações. Que jamais percamos a esperança em um mundo melhor, mais pacífico, mais irmão, menos egoísta...

Que Essa luz, que brilhou outrora e rebrilha a cada ano, reforce nossas forças para que sejamos melhores, que sejamos mais sensíveis à dor de nossos semelhantes e que cada um com seu dom em sua individualidade faça a diferença para a fraternidade mais plena entre nós...

Felizes Natal e 2024!

Paz e bem!

Blog devaneios literários do lima

Só mais um conto de Natal

 

- Maria, cuide de sua irmã!

- O que é isso, mãe? A senhora sabe que eu sempre cuido dela. 

- É, sei, mas onde ela está? 

- Ops… Estava aqui agora mesmo. 

Jacira deu uma olhadela ligeira por alto por toda loja. A mãe falou, 

- trate de achar a tua irmã que eu vou provar este vestido.

A mocinha sentiu seu rosto a esquentar. A cabeça sentiu uma pressão, as mãos começaram a suar e sentiu seu peito apertado. A reação natural, pensou ela, seria sair correndo atrás da pirralha de sua irmã. Mas, não, as pernas se adormeceram. 

Aos poucos viu a mãe se distanciando sem olhar para trás. E, seus sentidos foram lhes voltando aos poucos. Mexeu o primeiro passo, logo após o segundo. E o corpo foi no embalo. Começou a andar por entre as araras. Já imaginava sua irmã sendo raptada, ou coisa parecida. Pensou que ficaria com o quarto só para ela - pensou, isso é maldade… Continuou andando ligeiramente pelos corredores da loja. Chegou ao fim e nada da irmã. Pensou em rezar, lembrou de São Longuinho, mas não sabia bem como era a simpatia para achar coisas ou pessoas perdidas - "pessoas perdidas? pensou… Veio-lhe à cabeça Nossa Senhora Desatadora de Nós. Sim, ela deve me ajudar. Pensou em se ajoelhar ali mesmo no meio da loja e suplicar à Santa. Todavia, viu um vendedor bonitão, o qual lhe distraiu a intenção, a procura, o respirar, a oração… Passou ligeiro por ele, que lhe sorriu discretamente. Apressou novamente o passo. Resolveu pedir ali mesmo na correria em oração ajuda à Desatadora. E, foi o que fez 

- Virgem, Mãe Desatadora de Nós, ajude-me, por favor! 

Nem bem terminou a oração, viu novamente sua mãe com um novo vestido se dirigindo ao vestiário, toda feliz com o celular em mãos conversando com alguém. “Legal, mamãe ainda nem se deu conta da falta da pirralha”, pensou. Como achou que a prece não havia dado certo, pensou eu pedir ajuda ao Papai Noel. “Eu acho que o bom velhinho vai me ajudar”. Nem sabia como rezar a ele. Mas, falou em voz baixa: 

- Papai Noel, me ajude! Opss…Papai Noel pode ajudar nessas situações? 

Não se lembrava se ele era santo ou algo parecido. Parou no meio da loja e ficou pensando. “Calma aí, mas se ao redor dele muitas pessoas ficam a rezar, ele ali nas intenções das pessoas junto com o menino Cristo em seu presépio e seus pais José e Maria, acredito que ele também já deva ter algum poder lá com Deus”… Acreditou e pediu de novo… 

- Papai Noel… 

Viu uma mão com uma luva branca tocar os seus ombros. Ficou estagnada. Sentiu um sopro quente em seu rosto e olhou apressadamente à  outra mão branca… Lá estava ela, a pirralha, que lhe dizia. 

- Mana, olhe quem eu trouxe para dizer pra você que Papai Noel existe… Veja, a barba dele é de verdade. 

Sem cerimônia nenhuma puxou a barba do bom velhinho, o qual com suas bochechas rosadas, com um largo sorriso no rosto, com seus olhos azuis por de atrás de lentes redondas de aro de metal e sua voz grave,  dizia assim:… “Ho, ho, ho… Feliz Natal”!

(Marcio Lima)

Imagem obtida em:

https://pixabay.com/pt/vectors/papai-noel-vermelho-natal-x-mas-296717/

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O Conto "Só mais um conto de Natal" está participando da coletânea "Antologia de Natal Mensagens de Natal 2023" da Apena Editora.

Veja no link abaixo esse conto e de mais alguns autores. 

Boa leitura e desde já um Feliz Natal e um 2024 abençoado!

A Pena Editora - Antologias <- clique aqui e leia Grátis!

Tempo de colheita!

"Tempo de colheita!"

Joãozinho passou a mão nas bolinhas de gude... Ninguém tinha  mais bolinhas que Joãozinho, no entanto, ele nunca jogou uma partida se quer. Bastava a gurizada começar o jogo e lá vinha o bendito do Joãozinho e gritava "tempo de colheira!" e, lá se iam as bolinhas caseadas na rua para uma partida que se repetiria quase o dia todo até quase escurecer...

Tonico tinha partido a unha de tanto jogar. Havia um calo em seu  dedo polegar direito, bem na voltinha que segurava a bolinha  em compressão com a ponta de seu indicador... Mas, mesmo nos dias de dor, o menino continuava a empreitada até a dor passar...

Tonico, em uma tarde fechou sua coleção de bolinhas, que contava com as gateadas, americanas, leitosas, pinhequinhos - que eram as menores bolinhas - e  o seu contrário, os boletões. Também contava com as jogas, que eram as búlicas que possuíam o peso adequado à sua pontaria e lhes traziam sorte, eram poucas e uma parte ficava na estante de casa e a outra ficava na lata das bolinhas, que acabara de encher. Era mais ou menos 3 litros e meio de capacidade da lata, cheinha de bolinhas de gude. Era seu tesouro...

Já havia pensado e calculado onde enterraria esse tesouro, precisava guardar para posteridade o fruto de seus serviços de incontáveis dias de partidas de búlica.  Seriam 5 passos entre duas árvores plantadas no quintal, ponto exato entre as duas. Não haveria segredo... Guardaria de cabeça, sem ajuda de um mapa para isso. 

O tempo se passou. Uns três anos depois decidiu desenterrar seu tesouro. Entraria naquele ano na faculdade. Queria relembrar de parte de sua adolescência e infância. Era quase um ritual solene. Chamou seus irmãos para tanto. Cinco passos foram contados. A pá cortou a terra pedregosa. Oito tentativas se sucederam... E, nada do tesouro de Tonico. 

Já não era criança, mas teve vontade de chorar. Lembrou de Joãozinho e levantou a hipótese de ele ter descoberto o ponto... Mas, teria ele visto onde e quando enterrou as bolinhas? 

A idade madura chegou e até hoje desfilam em suas indagações o que aconteceu com suas bolinhas de gude... 

Sorriu... Olhou seu polegar, a curva de sua pele onde pegavam as bolinhas até hoje possui uma certa deformação que o faz lembrar das quase que  inacabadas partidas de bolinha de gude... Vez ou outra ainda houve a voz de Joãozinho, quando alguém o tentar passar para trás "Tempo de colheita!".

(Marcio Lima)

Imagem obtida em: https://pixabay.com/pt/photos/malabarismo-m%C3%A1rmores-lan%C3%A7ar-m%C3%A3o-213181/

Dia da consciência negra

Além da Paz, 

a esperança de sermos, 

de fato, 

todos iguais. 

20 de novembro, dia da Consciência Negra.

Blog devaneios literários do lima

O amor é disruptivo

 

*O amor é disruptivo*

O amor é disruptivo

Desde a essência 

À prática diária...

De forma tão estranha

A cada dia se reinventa

O amor é disruptivo 

Do simples à requintada

Forma de ser comunicado...

O amor é disruptivo 

Se traduz em tantas línguas 

Signos, fórmulas, canções...

O amor é disruptivo 

Seu valor incalculável 

Inspira óperas, versos, romances, 

Contos e tudo mais que o belo

Possa criar...

O amor é disruptivo 

Fez meu dia diferente 

Fez-me ver-te olho no olho

Tão perto, profundo,

De frente...

O amor é disruptivo...

(Marcio Lima)

Guarapuava.

Imagem obtida em: pixabay

Flor sem cor...

Havia uma flor empoeirada no meio do caminho.

Seu aroma, sua cor, sua beleza estavam lá com ela.

(Marcio Lima)

Panótipos sem fim...

Olho...

Me olhas...

Vigilância invisível e poderosa...

Sem armas, nem violência...

Um simples olhar me tornou assim...

Em uma prisão sem fim.

(Marcio Lima)

Imagem obtida em: https://pixabay.com/pt/illustrations/c%C3%A2mera-vigil%C3%A2ncia-monitoramento-3376230/ 

Novembro Azul

Homem, cuide-se!

Previna, visite periodicamente seu médico! 

Faça exames preventivos, pratique exercícios, alimente-se saudavelmente, cultive bons pensamentos e boas amizades!

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Imagem obtida em: https://www.gov.br/fundacentro/pt-br/comunicacao/noticias/noticias/2023/novembro/novembro-azul-e-uma-campanha-de-conscientizacao-sobre-a-prevencao-de-cancer-de-prostata

MOÇÃO DE APLAUSOS DIA 31 DE OUTUBRO DE 2023 – CÂMARA MUNICIPAL DE GUARAPUAVA AO ESCRITOR GUARAPUAVANO, MARCIO LIMA

 

Gostaria primeiramente de agradecer a Deus pelo dom da vida e suas dádivas... No dia Nacional da Poesia, recebi com muito carinho e respeito essa moção devendo agradecer a todos que contribuíram direta ou indiretamente para que este importante momento em minha vida se realizasse. Primeiramente agradeço aos meus primeiros mestres, meus pais, que me educaram no amor, no respeito a mim mesmo, ao próximo, à natureza, às instituições e a Deus. Foram eles meus primeiro contadores e escutadores de histórias. De maneira especial, aos meus professores, esperançadores, que contribuíram para me moldar num receptáculo crítico do saber, do fazer da melhor forma, errando até o acerto chegar, com o carinho, com a perseverança e o amor que nesta profissão/vocação lhes são concernentes. Aos meus amigos de caminhada que estiveram comigo desde meus primeiros dias até hoje, alimentando o sonho da expressão do que sou, do que ao próximo com amor produzo, meus escritos, que às vezes os chamo de rabiscos, buscando lhes chamar à consciência de que nada sabemos. Agradeço carinhosamente a minha família mais próxima, minha esposa e filhos, principalmente por me permitirem dividir o tempo que muitas vezes seriam deles com busca de dar um maior sentido aos meus dias. Agradeço aos meus leitores e colaboradores de minhas páginas da web, meu blog, meus grupos temáticos nas redes sociais, parceiros, sobretudo aos leitores e colaboradores de meu blog devaneios literários do lima, amigos dos projetos artísticos-culturais da Academia ou Sociais, como a Biblioteca Comunitária Moacir Gonçalves (Ambix), entre outros. Gostaria de agradecer à Academia Internacional de Literatura, Arte Poetas Além do Tempo (AILAP) que me acolheu para fazer parte de seu quadro de imortais, em especial ao seu presidente Dr. Charlan Fialho. Também à respeitosa Câmara Municipal da cidade onde nasci, cresci e me fiz um sonhador de dias melhores, a qual requereu e aprovou respeitosamente para que essa Moção se realizasse e assim tecesse uma homenagem não só a mim, mas a todos os artistas e ativistas culturais de nossa cidade e região, de imensos talentos, todavia, nem sempre merecidamente, reconhecidos. Enfim, como representante na AILAP da cadeira dedicada ao escritor gaúcho Érico Veríssimo, meu patrono, gostaria de encerrar este agradecimento citando-o como mestre que irá me inspirar muitas vezes no compromisso que assumi desde sempre, em continuar fazendo de palavras um mote para alegria, para esperança, para reflexão, para libertação do ser... Dizia Veríssimo “Quando os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento”. Eu, parafraseando Mário Quintana, escrevo... “Dos diques que procuram interromper o meu destino... Eu rio!” Que façamos de nossas quedas, poesias... Que façamos de nossas fraquezas um motivo para luta e com seus resultados possamos ajudar aqueles que sofrem, às vezes, das mesmas dificuldades que as nossas. 

Meu muito obrigado de coração!

Marcio Lima

 

Fonte: Facebook da Câmara Municipal de Guarapuava

Imagem: Pixabay. 

Convite para Lançamento de Livro e Sessão de Autógrafos, escritor Alexandre Meyer

 

Dia Nacional da Poesia, 31 de outubro

Dizia Érico Veríssimo: “Quando os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento”. Eu, parafraseando Mário Quintana, escrevo... “Dos diques que procuram interromper o meu destino... Eu rio!” Que façamos de nossas quedas, poesias... Que façamos de nossas fraquezas um motivo para luta e com seus resultados possamos ajudar aqueles que sofrem, às vezes, das mesmas dificuldades que as nossas. 

 

Feliz nacional dia da Poesia!!!! 

Imagem disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/m%C3%A1quina-de-escrever-alfabeto-carta-5065594/

Onde me procuras? (Where are you looking for me?)

 

Onde me procuras?
Eu me escondo onde sua ganância não escala e suas asas, assim, não alcançam...
Onde seus remédios e panaceias miram meus olhos por alguns segundos...
Eu me escondo no riso das crianças, dos velhos, dos desvalidos...
Eu me escondo na prontidão do latir dos cães, no festejar dos pássaros,
Na vida simples escondida entre o verde das florestas,
Nas águas límpidas e azuis das praias desertas...
Eu me escondo nos diversos sins que dizes quando me buscas de coração...
Eu me escondo nas palavras de um livro, nas vozes das pessoas,
Nos abraços, nos seus momentos de fé e esperança...
Eu me escondo nos momentos de simplicidade quando ouves
Música, melodias que tocam sua alma e trazem minha presença...
Eu me escondo tão perto de ti, onde muitas vezes não me buscas...
Eu me escondo no tempo investido em tantas coisas que nada rendem, como das frias moedas...
Eu me escondo, porque é assim que me percebes...
Mas, à sua frente e não me vês...
Me chamas de tantos nomes, mas eu só respondo por um...
Felicidade...
(Marcio Lima)

Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/beb%C3%AA-elefante-fechar-se-elefantes-5126326/

Lusco-fusco (soneto). (dusk)

 

Era mais que doação por impulso ou coisa assim,

Diria que era amor, latente, algo quente e constante,

Havia um universo inteiro de alegria em seu semblante...

E, tantos preenchimentos para uma vida vazia, em mim.

Quando se inicia algo precioso, não se imagina seu fim,

É lindo, sólido, de imenso valor, tal qual um diamante,

Ou, como o marfim, cobiçado, sem saber, do pobre elefante,

Ou, de tal valor, como os tesouros conseguidos do gênio por Aladim...

Quisera esta dor que sinto em meu peito fosse invenção.

Sumiriam todas as rachaduras neste deserto que se desenhou.

Rachaduras tão profundas, que se assemelham às de meu coração,

Que levaram as cores de meus dias, que logo se acinzentou...

Outrora, risos, gemidos, sonhos, olhos nos olhos, amor, emoção.

Hoje, aqui em meu peito rolam cacos dum cristal que se aquebrantou...

Marcio Lima

 

Imagem obtida em:  https://cdn.pixabay.com/photo/2019/03/30/20/44/nature-4092013_640.jpg

Câmara Municipal de Guarapuava vota Moção de Aplausos ao escritor Marcio Lima

No último dia 17 de outubro, a Câmara Municipal de Guarapuava, por meio de um requerimento do Vereador Joel Barbosa concedeu uma Moção de Aplausos para o escritor guarapuavano Marcio Lima pelo fato de o mesmo ter sido agraciado como Membro Vitalício da Academia Internacional de Literatura e Artes Poetas Além do Tempo (AILAP) da cidade de Maceió, estado de Alagoas.

O documento está publicado nos anais da Câmara Municipal figura abaixo, bem como o vereador Joel fez um aparte para falar de sua amizade e admiração pelo trabalho do escritor, o qual ficou muito grato pela homenagem, embora saiba que Guarapuava e região congregam grandes nomes nas áreas artístico-literárias e que poderiam ser agraciados também com Moções como esta, esses artistas muitas vezes não figuram ou não são reconhecidos pelo público das grandes mídias e, portanto ficam invisíveis aos nossos olhos. 

Marcio vê nesse momento uma oportunidade para muitos se encorajarem a divulgar mais seus trabalhos, seja nas redes sociais, nas rodas de amizade, no dia-a-dia etc. 

Lima agradece esse reconhecimento pelo carinho de todos que contribuíram para esse momento, desde sua família, amigos, professores, leitores e parceiros de produção e divulgação dos seus trabalhos, enfim todos que contribuíram de forma direta e indireta na/para sua formação humana, artística e de cidadão; e dedica, humildemente, essas comendas aos artistas e escritores de Guarapuava e região, e à consideração com os acadêmicos da AILAP em acolhê-lo nessa respeitada Academia. 

Veja texto que fala da nomeação do artista pela AILAP: https://devaneiosliterariosdolima.blogspot.com/2023/09/o-escritor-guarapuavano-marcio-lima-foi.html

 

Assista ao aparte do discurso do Vereador Joel Barbosa e o momento da aprovação da Moção na Sessão de 17/10/2023 (1h08min):  

 

Abaixo o requerimento da Moção

 

 

 

Paz

 

Paz, respeito,

Amor a todos!

 

Imagem obtida em: https://pixabay.com/pt/photos/mundo-paz-continentes-terra-3043067/

Todos, no fundo, somos um! (We are all one, deep down!)

 

O outro sou eu,
Se penso assim,
O que dói no outro,
Dói em mim...
 

(marcio lima)

 

Imagem obtida em: https://pixabay.com/pt/illustrations/di%C3%A1logo-sistema-rede-not%C3%ADcia-2546121/

Abra as asas da imaginação e as use com intensidade. (Open the wings of your imagination and use it with intensity).

 

Abra as asas da imaginação e as use com intensidade.
Elas, quando voar não for possível, te levarão onde você quiser, quiçá... precisar!

Viva, seja feliz!

(Marcio Lima)

 

Imagem obtida em: https://pixabay.com/pt/photos/%C3%A1guia-p%C3%A1ssaro-ave-de-rapina-asas-1753002/ 

 

arritmia de descasos (neglect arrhythmia)

 

Nessa arritmia de descasos, guardo passivos imensos de uma história rota, em tombos, de tidos desalmados, seres gananciosos de outrora, de saques em verdes prados... Guardo em meus recônditos históricos assaltos em plena luz do dia por corpos ladinos, desvalidos, bem armados... Guardo discursos de ódios de tantos que clamam pelo terror ao meio dia, que destilam em tantos ermos, venenos a todos corrompendo a verdade e as vendendo como doces em plena praça... Guardo em meus bolsos tantos discursos éticos, estéticos mas usurpados de carne e sobrevivem por aí, esqueléticos... Vejo tantos em plena luz do dia não encontrando viventes dignos de confiança... Vejo tantos barcos à deriva, tantos átomos em átimos inservíveis... Vejo gente morta andando por aí buscando em estranhos aparelhos seus cérebros, seus corações e até mesmo suas almas... quem sabe até mesmo, um pouquinho de calma. Sou o sopro que incomoda nas redes, as pichações nas paredes com palavras de ordem totalmente desordenadas. Sou o solo, que pisas, tão discreto; o amante na praça em meio a tantas bombas esperando sua sonhadora amada. Sou a camisa suada, o resultado quase absoluto da mais valia, a marcha das vadias, um grito de esperança, os sonhos das crianças, terra sã, geleiras nos lugares, os animais em suas hierarquias andando livres por aí... Sou suco de laranja, lima, açaí. Filho de um solo vermelho, parente de Adão com peças faltantes, louco por maçã atiçados por grilos falantes... Não, não sou assaltante, mas gostaria de roubar... Sim gostaria de roubar sua imaginação e amarrá-la aos primeiros pássaros que passarem por aqui acompanhados pela criatura de cabelos dourados imaginada por Saint-Exupéry.

(Marcio Lima)

Imagem obtida em: https://pixabay.com/pt/photos/lumin%C3%A1ria-luzes-ilumina%C3%A7%C3%A3o-brilho-5053305/ 

Movimento... (Movement..)

Ficou ali paralisado...
Se soubesse o que fazer
Já era movimento...
Se soubesse obedecer
Já era movimento...
Ficou ali,
Paralisado, em pensamento...
Mas, isso já não é
Movimento?
(Marcio Lima)

 

Imagem obtida em: https://pixabay.com/pt/photos/m%C3%A1gico-mulher-fantasia-criativo-6046020/ 

Viva a vida!

 

Que pensar não seja somente um ultrajante
modo de questionar o óbvio...
E, sim uma sensível forma de ver o mundo
em outras perspectivas, quiçá muito
mais criativa...
Viva a vida!

(Marcio Lima) 

https://pixabay.com/pt/photos/luzes-vagalumes-brilho-vaga-lumes-5310589/

Imagem obtida em:

Escritor Guarapuavano, Marcio Lima, agora integra a Academia Internacional de Literatura e Artes Poetas Além do Tempo (AILAP) - (Guarapuavano writer, Marcio Lima, now joins the "Academia Internacional de Literatura e Artes Poetas Além do Tempo" (AILAP)

 

O escritor Guarapuavano, Marcio Lima, foi agraciado  como Membro Vitalício da Academia Internacional de Literatura e Artes Poetas Além do Tempo (AILAP), com sede em Maceió, Estado de Alagoas.
Esse título concede a esse escritor o reconhecimento pela atuação no cenário litero-cultural como escritor de literatura brasileira.
Há de se destacar o papel deste blog, o qual contribuiu para que houvesse esse reconhecimento, blog este que existe desde maio de 2011, que vem  de forma voluntária divulgar o trabalho independente do artista e de colaboradores nas  áreas artístico-literárias, constituindo-se como uma Tecnologia Social de divulgação e popularização da literatura e da arte popular independente, e sobretudo aos seus leitores e colaboradores, motivos por quais foi criado.
Marcio Lima, agradece imensamente a essa egrégia Academia, em especial ao seu presidente Dr. Charlan Fialho, pelo reconhecimento, o que dará ao agraciado ainda mais força para divulgação e defesa da arte, da cultura e para a busca pelo aperfeiçoamento ou desenvolvimento de nossas letras e de nossas artes, por meio da produção intelectual e artística, seja ela erudita ou popular para valorização dessa e de seus produtores.

Saúde!!! ((God) Bless you!)

 

Atchim... 

pareceu-me poético,

puro, espontâneo e do fundo do peito... 

Não me diga que foi belo... 

Diga-me somente 

"saúde!".  

 

(Blog devaneios literários do Lima)

Imagem obtida em:  https://pixabay.com/pt/illustrations/coronav%C3%ADrus-v%C3%ADrus-espalhar-gripe-4952102/

 #poema #poesia  #pensamento #cuide-se #vacine-se #leia poesia

O que é recomeçar? (What is restart?)

 

O que é recomeçar?
É fazer algo diferente com os cacos de outrora?
Uma esperança no convencimento da inevitável queda?
É ter reconhecido as fraquezas e limitações e
estar pronto para seguir com elas?

O que é recomeçar?
É saber o ponto da ruptura para um começar de novo...
É não ter perdido a fé há muito plantada,
É a preparação para novos horizontes?
É procurar novas fontes?
Novos caminhos, novos fôlegos?

O que é recomeçar?
Começar de novo, mas de forma diferente...
É se reconhecer partícula no universo...
Um ser único numa multidão de gente...

O que é recomeçar?
É ter força para saber que para se doar aos outros,
buscar na (con)vivência a importância do amor ao próximo...
Primeiramente, você tem que se amar...
Então, vamos, se preciso for, recomeçar?

Marcio Lima

 

Imagem obtida em: https://pixabay.com/pt/photos/m%C3%A3os-solo-planta-meio-ambiente-5618240/

Um dia...

Um dia saiu. A olhar estava para seu reflexo espelhado na água do olhinho d'água que se regatava em frente à sua casa.
Olhou antes disso, um pequeno e desajeitado sapo que ensaiava um nado naquela água para fugir de seu suposto predador...
A água era límpida, o céu era azul, seu reflexo, no princípio, havia se distorcido pela água que se movia pela ação do pequeno anfíbio... Poucos segundos a água se acalmou, olhou seu retrato e bem na sua íris fez um propósito... Seria feliz, e não seria qualquer coisa no mundo que o faria desistir disso... O sapinho, agora, olhava-o do outro lado do pocinho. Ambos se respeitavam... Havia ali um silêncio, uma cumplicidade... Ele seria um humano a se reencontrar, a pegar do timão de seu destino... Aquele sapinho, talvez sua lembrança alegre naquele dia, a marcar a mudança de um menino que virava um homem...
(Marcio Lima)

 

Imagem obtida em: https://pixabay.com/pt/photos/r%C3%A3-sapo-vida-aqu%C3%A1tica-lago-anf%C3%ADbio-3415380/ 

Nos pés um universo de paixão II

 

 

Ao verde vivo e (ir)racional do campo

Um planeta a rolar

Nos pés um universo de paixão

Assim como

 

Em minha mente e coração...

(Marcio Lima...

Vazios...

Você sempre 

Me preencheu de vazios...

Hoje não boio, 

Bolho...

(Marcio Lima)

Cantos e conversas comigo mesmo (Songs and conversations with myself)

 

Sou um pouco do nada que se apresenta,
Sou menos que poeira esparramada no assoalho do tempo,
Sei que sei que nada sei, isso mais quando o meus anos ganham o "enta",
Mesmo sobrando espaço na agenda, depois que me aposento.

Ignorância, estupidez de minha parte,
Achar que alguma sou, sendo eu,
Mesmo me achando infinito, fruto d'alguma obra de arte,
Ou algum anjo, quase onipotente, que do céu se perdeu...

Ah, espelho de aço, de água ou do opaco da alma,
Que me dá o entendimento de minha finitude,
Que pede, por isso, ou por muito menos, calma,
Dá-me conhecimento para entender, de cada coisa, sua magnitude...

Me ajude, quem tiver uma ciência perfeita que acalme meu ser,
Uma tecnologia que eu consiga a enxergar os lados de tudo,
Ou somente a paciência para essas dimensões entender,
Entender, os pois és, os Joãos, as Marias, os Josés, os entretantos e o contudo...

Ah, terra de recursos finitos, para ganâncias nem tanto,
Ouça,  please, meus versos, meus reclames, meu canto..
Dê-nos o saber sentir, viver, curtir, comer, cada vez mais consciente,
Antes que tu, oh terra, em seu último suspiro,  minha ganância, não aguente...

(Marcio Lima)

Imagem obtida em: https://pixabay.com/pt/photos/livros-t%C3%BAnel-fantasia-biblioteca-21849/

Xarquinho

 

- Pai, o bairro Xarquinho se chama assim, devido a uma homenagem a algum pequeno tubarão? Perguntou o menino, que descobrira que "shark" é tubarão em inglês, mas ainda não dominava totalmente os diminutivos dessa língua.
- Não. Respondeu o pai com um leve sorriso no rosto.
É devido ao rio que cruza o nosso bairro, meu filho, pois era onde os tropeiros que vinham do Rio Grande do Sul levando gado a Mato Grosso e a São Paulo, paravam às suas margens para lavar o charque para consumo... Em princípio, esse rio foi chamado de Rio do Charque, e com o passar do tempo começaram a chamá-lo de Charquinho, mas sabe lá por qual motivo mudaram o jeito de escrever pra "x" no lugar de "Ch".
Falou o ancião, demonstrando paciência e conhecimento da história do bairro que o acolhera tão carinhosamente...  
Ambos olharam o rio, somava-se a essa visão, um lindo pôr do sol. Ao longe imperava um pequeno Capão de Pinheiros, o qual juntamente com um fundo alaranjado, desenhavam um belo quadro, digno de ser imortalizado por um habilidoso pintor...

Marcio Lima

Foto: créditos ao proprietário do blog.