sábado, 21 de fevereiro de 2015

Educação Pública Paranaense

Aprendi uma coisa com meu velho pai. Quando eu era criança ele me dizia: "filho, vou te dar Educação, condições de estudar. Se eu te der um carro, uma casa, uma boa poupança, isso alguém pode te tirar ou se esvair com o tempo". Falava hipoteticamente, mesmo porque ele não tinha condições de me dar tais coisas, mas me apoiou muito em meus estudos. Insistia ele "A Educação... essa sim é tesouro perene, e, ninguém pode te tirar. Quanto mais tempo nela você investir, mais rico você será." Meu pai tinha e tem toda razão. Posso não ser rico financeiramente, mas a riqueza de enxergar este mundo com mais clareza, isso não tem preço. 
(Por acreditar neste bem precioso, o Blog apoia a Educação Pública Paranaense)

Sou Poeta!


Não me pergunte sobre Filosofia, Geografia, História, Economia, Ciências Naturais, Sociais ou coisa assim... Nem quantas voltas dá a terra em torno de si mesma. Nem de quando o mundo vai acabar, se é que vai... Não me pergunte sobre exoterismo, nem do sexo dos anjos, nem dos polegares, nem dos animais... Não me pergunte se sou esquerda, se sou direita, centro, acima ou abaixo... Se votei na última eleição, se tive ereção, se terei dinheiro para ter o direito à liberdade. Não me pergunte se confio na vida que se esconde em Marte, se acredito que sofrer faz parte... Não me pergunte se sou amigo do Rei, se sou de Passárgada, se ainda amo os Beatles, se há em meu peito ciúme dos amores do Mick Jagger... Não me pergunte se sou da Geração Coca-Cola, se já pedi esmola, se recebi bolsa-escola. Não me pergunte se já morei nas ruas, se chupei bala Soft, se já fugi da escola ou a odeio por fazer ver verdades onde não sabia que habitavam... Ah como sofri! Não me pergunte se meu Idi perdeu a direção... Se um minuto, sendo um ano, quando feliz, é pouco; se tudo vira Poesia. Não me pergunte se tenho alegria, se sinto prazer com a dor, também com a que de vez ou outra nem é minha... se me sinto redundante quando afirmo que tenho amor, por isso sou feliz; se às vezes não entendo o que uma porção de sinais me diz. Não me pergunto se durmo tarde, se odeio as segundas, se sou brasileiro, se levo em tudo, vantagem, ou se às vezes tenho coragem de dizer: Não sei, não me pergunte nada! Pois tenho receio de dizer desverdades, símbolos inintelegíveis... Acredite, não sou sábio, nem cartomante, nem intelectual, sou um pouco de tudo... não sou louco, não sou profeta, sou Poeta!


Marcio José (Méndez) de Lima - 19/02/2015 - Laranjeiras do Sul - Paraná.

Imagem obtida em: http://www.contrabaixobr.com/t23953p100-como-voce-analisa-a-qualidade-de-um-instrumento

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

LANÇAMENTO VIRTUAL LIVRO DE POEMAS GRÁTIS "MEUS RABISCOS EM VERSO"



Gostaria de compartilhar com os amigos do Blog o novo e-Book de Marcio José de Lima publicado no site Recanto das Letras. 
Trata de seu primeiro livro de Poemas. 
Acesse-o abaixo e continue conosco!

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A MINHA BOCA NÃO PODE PROFERIR RUDEZA (MY MOUTH CANNOT SPEAK RUDENESS)

  Política De Privacidade, Espião
A minha boca não pode proferir rudeza
Embora em minha volta haja violência e aspereza.
Sei quanto é difícil seguir os retos caminhos
Fazer nascer luz em um escuro mundo mesquinho.

Hoje sentimos, como nunca, a falta de esperança
Porque o homem insiste em sua ignorância
De esquecer do Deus que se fez criança
Esvaziando-se assim de temperança.

Na multidão em que a solidão impera
O homem esquece-se e torna-se fera
Impiedoso se aproveita da dor do semelhante
Ainda mais triste faz o seu semblante.

O mundo loucamente se enfurece
Com aquele que de infelicidade não padece.
Como pode alguém sorrir?
E às noites, mesmo de vísceras vazias, dormir?”
A consciência explica bem,
Como ainda viver num mundo de ninguém.

Sei que a natureza menina bela
Em prelúdios, luzes e aquarelas
Entoam numa inigualável sintonia
Que nem Mozart, Chopin, em suas sinfonias
- Apesar de imensas genialidades –
Conseguiram tal feito e qualidade.

Sei que Deus tudo criou
Sei que Ele muito nos amou
Mas espero como sua criação
Ter mais sabedoria e inspiração
Para optar por crescer sem destruir
Amar, sonhar, viver e evoluir.

Não sei, como criatura apenas não sei
Se intensamente viver, de aprender hei.

Tão ricos, pelo Pai chamados de filhinhos
Escolhemos de vários, os piores caminhos.
Nem céu, nem inferno,
Nem verão, nem inverno,
Conseguem mudar nós amadas criaturas
Nem com todo discurso vindo das alturas
Com veemência, sabedoria e amor
Convenceu-nos que sermos sós é opção de dor
É ser ilha num imenso oceano
É ter eternidade e querer viver só um ano
É possuir um tesouro infindável
E querer se alimentar com o resto imprestável.

Não sei! Apenas não sei.
Por que somos assim.

Peço que Deus em sua imensa bondade
Tenha piedade de todos e de mim.
Que eu consiga controlar os meus lábios
E lutar contra o pecado como um bravo.
Que a sapiência que às vezes penso ter
Não seja engodo da sensação de um falso poder.
Quando a sabedoria embalar meus dias
Seja mote de grande alegria
Não para o orgulho
Não para o vão barulho
Mas para que aqueles que buscam a luz
Vejam, que embora pecador, busco o exemplo que veio da cruz
E que agradecido como Davi, o Rei
Canto, danço e louvo a Agnus Dei
O Cordeiro que se fez oferenda
Para o mundo inteiro salvar
Embora às vezes ele não entenda
Que a sua maior lição
Foi a todos sem distinção
Amar, Amar, somente amar.

(03/06/2009).

Marcio José de Lima (Um aprendiz de Escrevedor)

Imagem obtida em: https://pixabay.com/pt/illustrations/pol%C3%ADtica-de-privacidade-espi%C3%A3o-1624400/


ELES SABEM!



ELES SABEM!

Decidi ser professora antes mesmo de ir para a escola. Eu já sabia que a escola era um lugar de grande importância pois via minha tia Natalina trazer pilhas de cadernos encapados caprichosamente, os quais ela lia com muita atenção e os vistava. Enquanto ela trabalhava me explicava de quem eram aqueles cadernos e muitas vezes me mostrava com orgulho alguns deles como quem mostra um tesouro. A espreita, eu a observava sair de casa toda arrumada, cabeça erguida para lecionar. Eu sabia que ela fazia a mágica de ensinar, crianças como, eu ler e escrever e eu achava isso lindo. Então lá pelos meus quatro anos decidi ser professora.
Segui com esse sonho mesmo percebendo que para ser uma importante professora eu teria que estudar muito, teria que me despir de todos os meus preconceitos, teria que me responsabilizar por vidas, teria que ir além de todas as teorias que me apresentaram nos bancos do magistério e da universidade. 


Formei-me, trabalhei com crianças bem pequenas, com adolescentes, com adultos e por causa deles meu amor por ensinar jamais diminuiu. Só quem ama lecionar sabe o quanto é gratificante ver nossos alunos e alunas escrevendo de forma maravilhosa sua própria história, o quanto é bom olhar nos olhos de nossos jovens, adultos e crianças e enxergar neles o encantamento de alguém que vê o mar pela primeira vez. 

Sim, meus alunos e alunas, com todas as suas diversidades de pensamento, vontades, caras e caretas, jamais deixaram que meu amor e meu orgulho de ser professora se extinguisse. Eles não, meus alunos e alunas, não.
Hoje após vinte e dois anos trabalhando como professora sinto tristeza de quem perdeu a dignidade, de quem teve seu templo destruído, seu rosto cuspido. A Educação, a qual eu e milhares de professores julgamos ser tão sagrada foi profanada pelo descaso de um governo que demonstra o desejo de privar os filhos desse estado de uma educação pública de qualidade. 
Meus alunos e alunas, filhos e filhas dos que sustentam todos os que foram eleitos, merecem assim como os filhos do governador uma escola com o quadro de professores e professoras, funcionários e funcionárias completo, merecem salas arejadas e com número reduzido de alunos para que possam receber um atendimento mais personalizado, merecem ter todos os recursos tecnológicos, os mais diversos livros, laboratórios e aulas de reforço e treinamento à sua disposição. Nós, comunidade escolar, merecemos um prédio escolar de primeiro mundo, pois pagamos caro para que isso aconteça. Os professores e professoras, funcionários e funcionárias merecem ser valorizados e respeitados, pois assim como os alunos e alunas, fazem girar a vida fora e dentro dos muros escolares.
Entristeço-me em enxergar cada vez com mais clareza que a educação é vista como gasto, uma coisa supérflua , sem importância alguma e que portanto pode a qualquer hora ser descartada.
Mas como todo bom educador, tiro disso uma lição: com todo esse menosprezo pela educação pública, percebo que ELES, os homens criados para prosperar com os cargos políticos durante gerações, fazendo mandos e desmandos como na época do Império, ELES têm medo de que tomemos os seus lugares, eles sabem a Educação é capaz de tirar as vendas que nos foram impostas. Eles sabem por isso nos privam. ELES SABEM.
Jaque de Andrade Borges - Professora.

O blog agradece a cessão do direito da divulgação do supra. 

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Sim... sou uma fraude

    Sim... sou uma fraude. 

Minto ser céu. 
Minto ser água. 
Minto ser pássaro.
    Minto a mentira de outrem, e, a verdade de outrora. 
Minto que finjo, sendo eu, sendo nada. E, um dia mentindo ser obra acabada... mentirei ser eterno... vou embora. Mas ficarei em cada verso de um acaso sem reverso.

Marcio Lima

TAEs na luta

O blog devaneios literários do lima apoia a Greve dos Técnicos Administrativos em Educação das Instituições de Ensino Federal. Por uma Educa...