quinta-feira, 21 de maio de 2015

João Saboia

Estavam eles sentados debaixo daquela grande árvore. Eram somente crianças. Seus olhos brilhavam. João Saboia os guiava através do saber. As misteriosas poesias que apareciam sobre a Cidade já haviam causado muitas modificações no jeito de viver dos cidadãos daquela viela. Os mais idosos voltavam a escrever poesias... As crianças tentavam decifrá-las. A grande árvore abrigava a todos. Mas também nos momentos em que se lembravam crianças cantavam, brincavam à sombra do imenso jacarandá. Era somente um adolescente de 13 anos, mas João Saboia já muito morava sozinho. Seus pais morreram em um acidente aéreo quando tinha apenas 6 anos de idade. Seu avô que morava junto com a família fugiu para as montanhas, vítima de um ataque de loucura. Ninguém mais o viu. O menino foi criado pelos vizinhos, todavia a cada dia ele conseguiu sua independência. Cuidava da sua alimentação. Era autodidata. O saber era como um parque de diversões à sua frente. Com pouca idade, estudava, mas também trabalhava. Cultivava a horta de sua casa e de lá retirava que tudo que precisava para sobreviver. Como era imenso o terreno de sua casa dava para criar alguns animais que garantiam parte das suas necessidades nutricionais, como algumas cabras, galinhas e duas vaquinhas. O seu principal a fazer para garantir a compra de outros gêneros alimentícios, de limpeza e outros advinha da venda de recicláveis. Os livros jornais e revistas que o interessavam os separavam e os devoravam na leitura que a desenvolveu, dinâmica.  Com tudo isso, Saboia sabia muito...
Tocava violão, piano, flauta tudo aprendia sozinho, com esses instrumentos consertados a partir de serem encontrados no lixo, ou ganhos dos seus vizinhos.
Sobravam os finais das tardes livres a João... E estavam sendo aproveitados desde a aparição misteriosa dos poemas em fragmento para estudá-los, para motivar outros aprendizados.
No início as crianças se reuniram e os leram muito, repetiram até que um dia João resolveu participar da discussão e ficou por ali contribuindo com seu saber.
Esperem! Vejam a luz que brilha no horizonte! Todas as crianças pararam, não sabiam o que era horizonte. Ele apontou para onde o sol se punha. O sol estava lindamente ornado de alaranjado, discretamente encoberto por uma cortina rubra. Assim, didaticamente, descobriram um anova palavra. O menino mais velho, filho do jornaleiro falou:

- Como é lindo o horizonte! 
Marcio José de Lima - Laranjeiras do Sul - 21/05/2015

Imagem obtida em:http://pixabay.com/pt/p%C3%B4r-do-sol-%C3%A1rvore-silhueta-colorido-57007/

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Um pouquinho disso...

Sempre tive um pouquinho disso... de sair à rua e seguir para onde apontasse meu coração. Não suporto as barreiras, os advérbios, as interjeições, as intransitividades. Amo a garoa que lava meus desencantos. A bandinha a serestar à moça sonhadora, que não quis ceder aos encantos tão antigos, querendo somente abrir-se ao verdadeiro amor. Amo também as canções, os versos, os poemas, as verdades, as verdades fingidas, as pessoas... Aprendi a amar vendo o voar dos pássaros, as flores do Campo, A alegria dos animais, o exemplo das mães... Aprendi a ser eu, observando atentamente você. Aceitei você, sendo plenamente eu... sendo nós, perdi o medo de sair às ruas. E como foi bom me dar à vida, pois ela se abriu toda a mim... E, com nada nos bolsos e tudo no coração, segui serenamente feliz. 
Marcio José de Lima - Guarapuava - PR.


Imagem obtida em: http://pixabay.com/pt/natureza-animal-p%C3%A1ssaro-731367/

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Nossas Rainhas...


Há sempre um sorriso onde já brotou muitas lágrimas.
Há uma mão quente a amparar em todas as quedas.
Um ombro confortável para debruçar nossos desalentos.

Uma palavra a ecoar todos os dias o caminho certo.
Uma alma a suportar as dores... tantas dores.
Um cetro de rainha, a responsabilidade por vidas, de estadista.
Uma porção de versos encarnados, sonhos sonhados.

Um sopro doce a ecoar conselhos. Do amor, retrato.
Uma mão quente em noites frias.
Uma extensa lista de adjetivos
Guardados em um nome tão pequeno.
Rebatizada em um momento tão solene,
No qual, uma voz apaixonada clama,
Sem um pouquinho de insegurança...
Ecoa sim... Retumbantemente:
“Mãe”.

Feliz dia das Mães a todas as mamães! De todo coração:
Marcio José de Lima - Guarapuava, 08 de maio de 2015.

Imagem obtida em: http://pixabay.com/pt/m%C3%A3e-filha-amor-p%C3%B4r-do-sol-mar-429158/ em 08/maio/2015 às 00:22

sexta-feira, 1 de maio de 2015

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A mentira e a covardia prevalecerão?
Quem andará com elas?

Luto pelo Futuro do Paraná!

Do blog!

Imagem obtida em: http://pixabay.com/pt/pergunta-problema-acho-que-622164/

Este momento 1...

Dói.  Forma estranha de começar um poema. Forma medíocre para o mundo que só vende fórmulas para livrar-nos da dor. Assumir alguma dor é mei...