quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

E que venha 2015!


O Blog DLL agradece a cada um que de alguma forma contribuiu para  que este projeto de Repartir um pouco literatura e arte se fizesse real.
O ano de 2014 foi um ótimo ano, pois o blog superou suas expectativas. Ultrapassou-se a marca de mais de 20.000 acessos desde a sua criação. 
Tem-se hoje muitos acessos de outros países, além do Brasil, e isso nos engrandece. Tivemos participação de outros colaboradores, além do Administrador, e, de forma especial queremos agradecer a esses, e convidá-los a continuar conosco em 2015.
A cada um de vocês, que acessou nosso blog, compartilhou-o pelas redes sociais, comentou, contribuiu com alguma postagem ou simplesmente o acessou lendo nossas postagens (mas que se fundamenta como um dos principais objetivos dele), queremos desejar um abençoado 2015, que seus sonhos bons sejam realizados, e, que o sucesso (de forma ambientalmente correta) se faça presente em sua vida!
Muita Paz, Saúde, Felicidade neste ano que se inicia, e, continue devaneando conosco!


Da equipe do Blog Devaneios Literários do Lima

Imagem obtida em:http://pixabay.com/pt/fogos-de-artif%C3%ADcio-102971/

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Música "Menina linda, vem cuidar de mim" de Cristian Pazini




O blog agradece a contribuição do Cristian por autorizar a divulgação de seu trabalho. Sucesso a você!

Composta por Cristian Pazini, um amante da música, em especial da música sertaneja.

domingo, 14 de dezembro de 2014

NOTA-MI

Bela
Linda e formosa.
Com’ um sol,
Brilhas.
A mi’ tens,
Com’ um prisioneiro
D’um cárcere voluntário.
A ré deste crime!
De me castigar de Amor!
Que dó de mi’,
Que nesse querer,
Tem só a si.
Nesta Melodia,
Que faz-me
Um cantante enamorado
Só tem você!
Então, nota-mi.

Marcio José de Lima



Imagem obtida em:http://www.shutterstock.com/pt/pic.mhtml?id=165710645&pl=44814-43068

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Final de ano!

Final de ano!
Sempre vemos as pessoas correndo ao final do ano...
Deixar tudo prontinho agora para começar vida nova...
Um sorriso, um aperto de mão, “Um feliz natal!”
Reunamo-nos para celebrar o renascer da vida!

Reflitamos... O Amor renascerá...
Ele esteve morto? Jamais...
Saiamos às ruas! Abracemos, distribuamos sorrisos... Votos de um ótimo natal!
Estejamos abertos ao crescimento, ao aperfeiçoamento, ao verdadeiro amor!
O Amor está mais vivo que nunca!
Por que mais puro que o sorrir de uma alma que se fez pura?
O Amor vive!

Valerá a pena ver o que realmente faz o homem transcendente...
Haverá um tempo para o olhar atento ao próximo,
sobretudo ao que sofre de fome, de depressão, da dilapidação pelas drogas...
da dor da solidão, da dor da doença, da dor do excesso de autopiedade, da falta de esperança,
dos que morrem, dos que não são felizes por não se abrir ao outro...
Sim... para ser feliz... Temos que andar juntos... Dependemos do outro para isso.

Final de ano. O Amor se fez homem e se fez nosso companheiro de estrada.
Quis ser pessoa... como eu, como qualquer um que você encontra nas ruas,
nas calçadas, nos lixões, nas mansões, nos grandes salões ou nos pequenos casebres.

Sim... O Amor se fez criança. Cresceu entre nós e provou que é possível sermos melhores,
fazermo-nos melhores... Sim ele renasceu. E, merecerá cada um que habita este planetinha, um abraço verdadeiro e uma sincera saudação fraterna...
Viva o Amor. Viva a Paz que renasce em cada ano que se faz Novo!

Feliz Natal e um Abençoado Ano novo!

Marcio José (Méndez) de Lima

sábado, 6 de dezembro de 2014

O dia do nada


O dia do nada foi quando aconteceu um tudo possível. No dia do nada foi decretado que nada seria feito. E como a música do Raul.
Ela sentou-se em sua poltrona e lá ficou tentando fazer um nada permitido. Fechou os olhos para não ver um nada. Percebeu escuridão sem fim e lembrou que perceber algo fugira do decreto do nada.
Sentiu uma dorzinha no rim esquerdo, pensou que teria que ir ao médico. E o decreto do nada mais uma vez foi violado. Poderia dormir então, mas ainda assim faria algo e não faria um nada.
Lembrou-se estupefata que se era o dia do nada, ninguém faria nada e portanto ninguém poderia verificar se todos fariam um nada. Quem verificaria se ela estava pensando, dormindo, caminhando, lendo?
Percebeu que no dia do nada, ela secretamente poderia fazer tudo. Coçou seu nariz, abriu seus olhos, caminhou em seu quarto nas pontas dos pés, perseguindo com seus olhos uma pequena aranha no teto, brincou com os dedos das mãos, pensou na vida, pensou na morte, cansou, pensou na luz do dia, no sol que provavelmente fazia lá fora, com os sentidos revoltos pode sentir o aroma de café, de flores ao vento, o cheiro do mar. No dia do nada, ela descobriu, que nem tudo poderia fazer.
Não poderia espiar a vida lá fora, não veria o por do sol, não poderia sentir os abraços e muito menos os beijos na face.
No dia do nada ela lembrou-se de sua solidão, de seus segredos mais soturnos, de sua figura humana insignificante, de seus momentos humilhantes, da sua busca por perfeição, do ser desprezível que era... Uma mulher-nada.


Jaqueline de Andrade Borges





quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Sentado à porta do universo


Desta vida de encantos, desencantos
Havia o desejo discreto:
Rimar.

Aventurei-me na busca insana de versejar
Inspirado pelas águas, areias e infinito...
Todavia, meditava à sua frente
Na espera de uma pose perfeita:
- Ri, mar!

Sem rumo... pego de minha prancha
E com  ele somos um...
Eu, mar...

Meus versos, afino
Diante de tantos por quês
Sentado à porta do universo
Como serralheiro de palavras
Vejo-me, 
Limar.

Marcio José (Méndez) de Lima


Imagem, créditos para Marcio José de Lima


domingo, 23 de novembro de 2014

Cantar cambaleante


Ah alma ligeira
De caminhos tantos
Vai seguindo a vida
Com versos e cantos.

Ah corpo proibido
De tez morena
A inspirar o poeta
Doce flor pequena.

Sua suprema Poesia
Repousa em labirintos
Traduz-se em alegria
A apascentar meus instintos.

Ah face cantante!
Resplandece inteira
Num cantar cambaleante
De minh'alma seresteira.

Sou fogo, sou verso
Sou jogo, inverso
Seu fogo incandesce
E logo me aquece.

Não esqueço de ti
E do seu calor
Aventuras vivi
Aventuras de amor.

Marcio José (Méndez) de Lima

Imagem créditos para o Blog Devaneios literários do Lima


segunda-feira, 17 de novembro de 2014

SEMPRE QUE DESPREVENIDO


Sempre que desprevenido
A vida me põe a correr
Não me tenho como vencido
E me ponho a aquecer

Sofro, cresço e resmungo
Ao início da longa carreira
Porque sei que tenho o mundo
A percorrer com nada na algibeira

Digo que a vida só ensina
A quem tem olhos bem abertos
Um atento ouvido que se atina
A manter o coração bem desperto

A vida este rico presente
Que sem preço nos foi dado
Ensina-me a ser diferente
E pelo amor ser inspirado

Aposto, e sei que hei de ganhar
Que o que é feito com amor
Tem a graça de embelezar
Como a sutileza da vida e a harmonia da flor.
Marcio José (Méndez) de Lima
(01/08/2009).

Imagem obtida em:http://pixabay.com/pt/branco-flor-planta-flores-natureza-167895/ às 21;50

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Um pratinho de novidades...


Chegou com um pratinho de novidades... Trazias consigo muitas encantadoras palavras cravadas no peito... Cegaste docemente cada instinto perverso que teimava habitar em meu peito. Viraste ao avesso meus preceitos, conceitos e preconceitos. Eu odiava os dias mal iluminados, os sonhos e palavras alheias. Também não tinha muita adoração pela reflexão um pouco mais recôndita, nem pelo silêncio restaurador. Tinha abominação pelo que se parecia com flor, pelo piar dos pássaros. O ódio me cegava...
Ah, tuas palavras! Tuas doces palavras! Chegaram contigo do mar. Carregavas uma rede em uma das mãos, um martelo na outra e o coração no olhar. Inverteste o rumo do rio, o cume dos montes, os verbos nas frases... E, nesta aparente desordem, acalmavas os desalentos, os ventos. Vertias o doce das rochas, abrandavas os espinhos das rosas. E, antes que o desespero afundasse meu barco, pegava-me pela mão e dizias: "Segue-me, meu rumo não será tenro, mas será ao fim, se houver, uma deliciosa experiência no paraíso." Assim me alertavas com um singelo olhar para o infinito... O que era horrível, doravante, tornou-se estranhamente tão belo. 

Marcio José (Méndez) de Lima

Imagem obtida em: http://pixabay.com/pt/photos/?q=para%C3%ADso&image_type=&cat=&order=best

Novembro Azul

No mês de novembro realiza-se a  campanha Mundial de combate ao câncer de próstata.
Homem, fique ligado!
Quer saber mais. Clique aqui embaixo!

NOVEMBRO AZUL

sábado, 1 de novembro de 2014

Sobre muitas, e quase nada, coisas...

Quando? Talvez... O solo beijará o céu. E a noiva em seu véu dirá um não! Será certo ou somente um deslize de um reticente coração? O pássaro no último dos acentos chorará. O noivo enterrado em seus elegantes trajes não entenderá, mas sairá feliz, aliviado. Subirá no mais alto cume e de lá se atirará à liberdade. Até quando? Nos perderemos em talvezes... Seremos o substrato de uma estrela a chorar? Resultado de indagações, ou um elo enterrado num minúsculo planetinha... Saberá a lua menina de olhos bem abertos, alerta como guardiã a esperar o ladrão? Quem saberá? Quem sabe a cartomante que não cobra por seus acertos, por suas poções e vive somente de doações em sua rica miserável mansão... O fusca que passa na rua escuta a última notícia sóbria... O homem pode ser feliz... Quiçá o problema esteja no verbo, pois opção demanda ação... E quem pode ser, se antes não agir?


Marcio José de Lima

Imagem obtida em:http://pixabay.com/pt/flores-bouquet-de-noiva-casamento-260897/

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Diário de uma diretora: A mão - Por Carlos Drummond de Andrade

Diário de uma diretora: A mão - Por Carlos Drummond de Andrade: Entre o cafezal e o sonho o garoto pinta uma estrela dourada na parede da capela, E nada mais resiste à mão pintora. A mão cresce...

Devaneios Literários do Lima: Livro "Devaneios em Prosa" (para Ler Grátis)

Devaneios Literários do Lima: Livro "Devaneios em Prosa" (para Ler Grátis): Finalmente, amigos do blog, compartilho o livro "Devaneios em Prosa"... Estava curioso para ter o texto integral!... Então segue. ...

PÁSSAROS NO VERÃO (HaiKai)

_______Pássaros no verão
Rejubilam-se sem parar...


E eu... “Ai que solidão”.

(Marcio José de Lima)

Imagem obtida em: http://pixabay.com/pt/pequeno-verde-abelharuco-%C3%ADndia-172555/

O AMANHÃ


Quando me perguntam:
Que será do Amanhã?
Não sei o que dizer...
Sento na praça,
Olho a criança,
Sinto o sol no rosto e
Os pássaros cantando...
Não sei do Amanhã...
Só sei...
Que me sinto responsável
Pelo Hoje...
E vivo.
Vivo como se o Hoje me convidasse
A uma visita inusitada ao Amanhã.
Daquela que não avisa...
Assim...
Vejo-o sentado numa cadeira
Daquelas de praia
Com um largo sorriso
A me dizer que a viagem só termina
Quando a missão estiver completa...
Reticente pergunto:
Que missão?...
E ele sábio com a face
Enterrada em sua
Imensa e alva barba
Responde:
Só eu tenho a resposta...
E a resposta
Estragaria a viagem
Pois mudaria o rumo
A que seguiria...
E, se não a tiver...
Seguirá feliz...
Pois esta ignorância
É a que te faz sentir -
Mesmo sem saber -
Meu Amigo.
E eu convido
Sente aqui me fale um pouco
Sobre Hoje.
12/11/2009

Marcio José de Lima

Imagem obtida em:http://pixabay.com/pt/michelangelo-abstract-menino-71282/




segunda-feira, 20 de outubro de 2014

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Música: Você me faz feliz! (Song: You make me happy!)


Tô olhando aqueles lindos versos que você me deu
Tô olhando o escuro da noite e lembro os olhos seus
Você já converteu as minhas quedas em doce poesia
Versos tão doces sonantes, gosto de alegria 

Você me faz tão feliz estando ao meu lado 
Quer ver tamanha felicidade, olha meu estado
E ouço no seu sussurrar mesclado com a brisa do mar 
Jurando na frente do altar, vou sempre te amar 

Clique aqui para ouvir
 

Autor: Marcio José de Lima
Copyright: proibida a cópia, reprodução, distribuição, exibição, criação de obras derivadas e uso comercial sem a sua prévia permissão.

Letra: de Marcio José de Lima
Melodia: Andersom Mendes de Lima
Execução/Voz: Andersom Mendes de Lima

Assista ao vídeo da música. 



Anjo mau

Anjo mau. Com a mão em um botão... Logo o aperta. Ele, neste momento se sente Deus... O mundo em sua mão. Sai objeto flamejante que perfurará a frágil crosta. Olha, o menino de cara suja que brinca na rua, àquela imensa calda laranja que corta o céu. Acha-a linda. Sonha em um dia, logo após curar sua fome, em ser astronauta. O menino vê, entre o alaranjado, uma nuvem em forma de uma longa barba branca... Seria Deus? 
Seguraria a nave? Não, ele deixou em nossas mãos nossos destinos... Uma má opção para este momento...

Ri o monstro-anjo-mau que terá o mundo à sua cara, como ele... 
Vai a nave cortando o céu, não havendo escudo que a parasse beija o solo. Festeja o egoísta. Parte-se a frágil bola azul. Choram a Lua e o Sol. Ele, perde um de seus filhos. Ela perde a sua irmã. 
O menino tem aliviada sua fome. E o egoísta na sua última construção celular intacta... arrepende-se, ganha, por isso, o Céu.
Marcio José de Lima 

Imagem obtida em: http://pixabay.com/pt/explos%C3%A3o-nuclear-nuvem-de-cogumelo-356108/

domingo, 5 de outubro de 2014

UM PASSAGEIRO MUITO IMPORTANTE



Estava sentado na poltrona de um ônibus, quando entrou
um franzino senhor de idade. Aquele senhor me chamou a
atenção. Não sei muito bem por quê. Ele estava vestido
com uma surrada calça social e um paletó de cor clara, chapéu na cabeça. Tinha cabelos brancos e a pele
escurecida e marcada pelo tempo.
O tempo correu em minha mente e retornei a minha
infância. Lembrei-me dos meus parentes de mais idade,
bem como dos velhos amigos da família, de suas histórias
contadas com tremenda tenacidade e veemência, pelo
menos a meu ver. A cada história contada, viajava e
admirava respeitosamente o locutor, embora houvesse
simplicidade em suas palavras jamais perdiam a coerência,
jamais eram perdedores, sempre eles os mocinhos, mesmo
que anti-heróis.
O senhorzinho passou a roleta com um olhar triste e
cansado. As pessoas não o perceberam. Entendi, claro, que
elas não o conheciam e não sabiam de suas histórias, de
sua história, de sua importância. Ao contrário pessoas
jovens entravam no ônibus e eram notadas,
cumprimentadas, talvez até invejadas.
O triste senhor seguiu lentamente até se assentar.
Continuei a relembrar do passado. Senti uma vontade de
me levantar e ir até aquele senhor, abraçá-lo. Como se
fosse uma presença viva do meu passado. Neste momento
reforcei a ideia de que muito da afetividade passada aos
que amamos é transmitida pelas histórias que contamos,
pelo tempo vivido com os nossos, pela partilha em forma
de doação e interesse pelo semelhante. Os meus
antepassados tinham - e ainda têm problemas -,
frustrações, limitações. Mas isso não os abalava, e em suas
narrativas encontravam os seus refúgios, talvez para dar
força?, talvez para ensinar a olhar sempre pra frente
reescrevendo suas vivências, de forma positiva e
saudável?, talvez fosse mais do que isso, talvez nem
percebessem o quanto faziam felizes e importantes as
crianças que os escutavam.
Atualmente, lendo sobre frustrações da vida moderna e
suas consequências, percebi que isto que eles faziam
encontra um embasamento na psicologia bem grande
como uma das formas de manter a mente sadia, tanto para
quem conta as suas histórias como para aqueles que as
ouvem. Seus embasamentos vinham pela vivência
empírica do amor e da doação.
Aquela figura daquele senhor me fez perceber que às
vezes nos esquecemos dos mais velhos e de suas
experiências. Vaziamente trocamos suas vivências pelas
infinitas cabeçadas pela vida, que às vezes deixam-nos
marcas que poderiam ser evitadas. Tão vazios andamos.
Quando vemos pessoas de mais idade não sentimos mais
necessidade de abraçá-las, não ouvimos mais suas
preciosas histórias, e ao invés de um ato de carinho
recebemos e enviamos um frio e quase sempre desalmado
e-mail com frases feitas e repetidas como se não
houvéssemos mais capacidade de dizermos palavras
simples mas verdadeiras carregadas de emoção, e algumas
vezes sem mesmo proferirmos uma palavra executarmos
atos que falariam por si só, como um simples e singelo
olhar com respeito e admiração.

Marcio José de Lima.

Imagem obtida em: pixbay

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

QUEM SERIA TOLO EM SE APAIXONAR?

Eu não quero me apaixonar...
Já vi pelas ruas muitos resmungando,
Resmungos de perdidos seres errantes.
Quantos não compreendem a paixão!
Saem pelas ruas dominados por ela,
Como cocheiros que não dominam suas carruagens,
Saem com dois equinos alados, cada um procura
seu lado,
Não se entendem, não são dominados...
Assim é o homem apaixonado.
Não consegue se perceber perdido.
Aos risos calafrios investem em uma paixão.
Decoram um verso qualquer...
Sem rima, sem lima afinam seu balbuciar,
Congelam como tolos apaixonados,
Ao olhar da Medusa.
O esperto, ao olhar a musa pelo espelho,
Não se intimida, mas não se aproxima...
Em seu peito uma ferida,
Como o coração flechado pelo cupido...
Assim é a paixão...
Fogo que fere, que ensina...
Assim é o homem apaixonado...
Ferido, alucinado, alguns o pensam como coitado...
As costas do apaixonado, enfrentam o pesado
arreio...
A tortuosidade de seus sentidos, não lhe pôs freio.
O frio que acalenta suas noites mal dormidas, criam-lhe
fantasmas,
Que o assombram, que o assustam... Mas, não
apagam a feliz luz que o impulsiona a migrar à
paixão-Amor.
(05/07/2008).

Imagem obtida em: http://photos1.blogger.com/blogger/2048/3653/1600/observada.jpg


domingo, 28 de setembro de 2014

O que fere mais? Facão ou solidão?


Com uns versos dissonantes gemia a velha viola arguta na ânsia de produzir um tilintar que acalmasse aquela uníssona alma. Olhava ao longe um vazio de nada... era a paisagem engolida pela solidão. Podia haver ali à sua frente o paraíso, mas seu cérebro frívolo pelas manhãs que se sucediam sem a mercê da fragrância de lavanda da alva dona, que já há muito tempo descampara em busca de outros caminhos, levara consigo seu coração. De nosso sofredor, sua solitária alma, hoje jaz em uma tumba rasa. 
Em labirintos correm questionamentos. Haveria sido a solidão de uma terra com progresso hirto? O tão estoicista desapego dos frutos do capital? A vida dura no campo? As luzes naturais a aclarar o dia e a noite? As brigas com o clima? Ou tudo se responderia com a ausência do amor? Seria a volta à busca do príncipe encantado, das histórias de outrora? Quiçá, um amor platônico? Talvez fosse somente isso... Talvez não... pois quem conhece a fundo uma alma? Todavia, jamais entenderia.
Enquanto a resposta não se fazia presença, o cancioneiro local se enriquecia. As acalentavam-no. O trago na goela apagava cada triste... e um pouco das felizes e saudosas lembranças... 
Sobrava fio, o facão na cinta. Impunha respeito. As lutas, cada uma sua vitória. Estas sim agora valem realmente a pena, por que Helena... Essa... pelo jeito... já não mais voltará.
Marcio José de Lima – Laranjeiras do Sul - 23/09/2014

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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Sim... ela tinha uma arma

Sim... ela tinha uma arma. Sacou-a bem depressa. Ninguém esperava dela essa reação, logo após tantas decepções, segurara até agora. Mas, confesso, atualmente não é de se esperar isso das pessoas, logo após de tanto tempo para evolução dos sentimentos e reações humanas – estamos tão evoluídos... Foi algo quase que estoico. Suavam, todos que a conheciam, friamente. Poderia ter chorado, poderia ter berrado, todavia fortaleza que era o menos esperado, foi o que a invadiu. Derrubou abruptamente uma meia dúzia, mais ou menos, simplesmente esticando de um lado ao outro seus arrebatadores lábios... Um sorriso, realmente ninguém esperava dela atitude tão corajosa.   

marcio josé de lima

domingo, 31 de agosto de 2014

Declaração

  Carta, Declaração De Amor, Amor
 
DECLARAÇÃO


         Eu, Poeta e Amador, residente na Rua dos Sonetos, número de 08 versos, lar que tem como complemento uma epígrafe caliente de um Poeta imortal, dono de um ofício, em seus ócios criativos de dar vida a letras mortas... 
       Venho mui respeitosamente através destes versos declarar meu amor por Linda Musa Encantadora de Meus Dias, a qual se fez merecedora pelo simples fato de existir, e, quase nada mais.
E, por ser uma fingida expressão da verdade, firmo a presente.

Cidade das Emoções, Estado da Felicidade,Ano da Inspiração. 


____________________________________________
Poeta e Amador
 
(Marcio Lima)
 
 
Imagem obtida em: https://pixabay.com/pt/photos/carta-declara%C3%A7%C3%A3o-de-amor-amor-700386/ 

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

33ª Semana Literária do SESC

Nos dias 15 a 19 de setembro o SESC-Guarapuava realizará a 33ª Semana Literária. 
A semana contará com diversas atividades literárias entre elas: contações de histórias, lançamento de livro, Sessões de cinema e muito mais. 
Para a visitação, agende antecipadamente pelo fone (42) 3623-4263

Para saber mais acesse:
http://www.sescpr.com.br/semanaliteraria/programacao/guarapuava/  

www.sescpr.com.br/semanaliteraria 




quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Era, com certeza, um lobisomem! (It was definitely a werewolf!)

Vi tio João se debatendo sozinho no caminho. Pensei, de novo tio João bebeu... Mirava novamente, e, ele sumiu no matagal. Lutava com alguma coisa, todavia eu não enxergava o que era. Nenhum zunido, grunhido, latido ou qualquer coisa assim. 

Era tardinha e a penumbra começava a tomar conta. Eu e meus irmãos rimos muito da cena. Tio João, sempre brincalhão, pensava. Logo minha mãe saiu à porta. E, riu-se, achou engraçado. Todavia, olhei para minha mãe alguns segundos depois, e ela havia se  empalidecido. O sorriso já não saiu mais. E, brilhou em seus olhos um medo de outrora - de quando eu era criança - devido aos sustos pela criação dos filhos...

Silenciou-se, rezou um pouco - creio eu, pois sua boca mexia. As crianças achavam aquilo um barato e até chegaram a rolar no chão de tanto rir... Minha mãe continuava a mexer com a boca como se cochichasse... Tio João na peleja, agora se rolava pelo chão. Todo despenteado. Isso durava mais ou menos uns quatro minutos. 

Meu tio gritou. Todos se calaram. Minha mãe se benzeu... Meu tio olhou para o mato, como que esperando por algo. E, olhando para lá, foi descendo a rua. Aproximou-se de nós. Todo sujo. Esperou alguns segundos. Na rua, havia só nós naquele momento. 

O vício do tio, aparentemente, ninguém testemunhara tal situação de fraqueza sua - logo ele que, apesar disso, era um herói para criançada, por suas histórias sempre cheias de vida e de vitórias... ele nunca perdedor sempre conseguia superar de cabeça erguida os obstáculos que a vida lhe propunha... - agradeci aos céus por isso. 

O tio olha para nós e fala: "Vocês viram?" Minha mãe e eu respondemos: "O quê?" Ele se aproximou de meu ouvido, com um bafo quente, sem odor nenhum de bebida alcoólica, com um flamejar nos olhos pelo brilho intenso da lua cheia refletida neles, me disse "Era, com certeza, um lobisomem!"

marcio j de lima

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Neve em Guarapuava do dia 22 para 23 de julho de 2013 (Snow in Guarapuava from the 22nd to the 23rd of July 2013)

Eu cresci ouvindo falar que no final dos anos 70 havia nevado consideravelmente em Guarapuava. Muitos anos depois pude vivenciar esta experiência... Uma das melhores e mais belas que tive. E, de repente tudo ficou branco... As pessoas ficaram muito felizes. Mesmo sendo meia-noite as pessoas estavam nas ruas. Quem nem ao menos se falava antes, naquele momento riam juntos. Comentavam tão espetacular fenômeno natural... Bonecos de neve se somaram, e, com certeza rendeu muitas belas fotos... as conseguimos tirar, seguem e compartilhamos com os amigos do Blog. Elas foram coletadas por mim e por meus filhos e esposa. 
Do blog

Parque do Lago - Guarapuava - PR





Parque do Lago - Guarapuava - PR



Parque do Lago - Guarapuava - PR




Guarapuava - PR - Paisagem com algumas araucárias



Parque do Lago - Guarapuava - PR



Margens PR 466 - Guarapuava - PR, Bairro Industrial




Este momento 1...

  Dói.  Forma estranha de começar um poema. Forma medíocre para o mundo que só vende fórmulas para livrar-nos da dor. Assumir alguma dor é m...