domingo, 2 de junho de 2019

Para que fim levou meus gritos?

Para que fim levou meus gritos?
Percorrem a esmo o infinito...
A que fim tomou meus anseios?
Que rompeu a tantos meios...

Onde foi a mão crivada de cravo,
Que pregava a paz como saída,
A tantos males a tantas almas caídas?

O que fizeram com as flores, pássaros, os amores, os suores, as leis, com os reis, com as sementes, com nossas mentes, com os crentes e os infinitos?

A que ermo caiu a palavra, outrora tão linda e bem pronunciada em atos de perdão e diplomacia, em externação de alegria?

Onde foram as Marias, João e Barnabés, em que trilha marcham sem rumo? Em que ladeiras íngrimes no meio de crimes sem solução, na busca de água e pão, olhando paredes tão altas, cercando a terra prometida... O que é vida?

E eu cá com meus por quês, com meu roto inglês, sem voz, sem cor, e quiçá um dia, mesmo que eu relute, sem poesia...
Marcio Lima
À inspiração de Tribalistas

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