domingo, 30 de junho de 2024

coração sedento de amor...

 Coração, Amor, Sol

 

Do nada...
Assim escorreu-me pelas mãos este poema.
No princípio,
Tinha gosto e cheiro de nada.
Translúcido tal como a água...
Mas, não era poema aquático,
Nem criaturas marinhas nele habitavam.
Era um poema desavisado, daqueles que nascem ao acaso.
Eram somas de tantos sonhos, vontades, resultados...
a me lembrar da brevidade de nosso passar aqui.
Era só um poeminha descuidado escorrido para me
avisar de coisas essenciais, tal como o perambular
as ruas de meu bairro, os recônditos de minhas
lembranças pueris...
Era para me alertar de não
perder utopias, para a necessária caminhada.
Era um poema, daqueles desajeitados, sem rima,
sem métrica, sem o mergulho estético, por que não?
bagunçado...
Esse poema eram minhas vontades tão estranhas,
dormentes, decadentes, combustível às minhas asas...
Era um poema perambulante, sedento de casa,
de uma boa sopa quentinha, de um beijo acolhedor...
Esse poema tinha carne, tijolo, estrada e muita,
mas muita flor...
Esse poema que me escorreu era um pouco de mim,
quiçá? um jardim...
Quiçá, um coração em flor...
Quiçá, um coração sedento de amor...

Quiçá?


(Marcio Lima)

Imagem obtida em: https://pixabay.com/pt/photos/cora%C3%A7%C3%A3o-amor-sol-570962/

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Não há limites para o amor!

Mãos que se abrem à partilha,
braços que se abrem à acolhida,
Mãos que se cruzam pruma oração,
Lábios que não se calam,
Quando há algo bom, justo pra ser dito...


Pés que não se cansam, quando a saída é caminhar...
Palavras de amor na necessidade urgente de serem proclamadas,
Palavra esperança a ser semeada, cultivada, colhida...
A vida se esperrama em braços, laços, carinho e o repartir...
Não há limites para o amor!
Ele sempre se reinventa, se experimenta, se movimenta...
Amor é esperança, é o olhar terno da criança,
as palavras sábias do idoso, o afago doce do pet,
a doação sem limites de mães, pais e avós...


O amor vai além, ele precisa seguir, ele precisa nos unir...
E, quando tudo parecer não haver mais saída, ele,
o amor e a esperança se emaranham, e o que era só
um duro muro, vira mirante, e ao longe a vida se exibe e
te chama à companhia!
Acredite, não há limites para o amor...


(Marcio Lima)

domingo, 16 de junho de 2024

Dores tão fingidamente minhas...

Vês aquele choro líquido e quente,

Aquele, sonoro e bem fundado, 

"Por quê?" 

que toca o coração da gente...

Pois é, em meu poema ficou registrado...


Todavia, sei que não é pedra em minhas rimas pobres,

Mas, é um choro fingido em letras  mornas,

Transforma-se em meu peito luta nobre, 

Causa justa e necessária, 

em meus poemas, 

                   normas...


Lute! Sua dor às vezes são tão minhas!

(Marcio Lima)


terça-feira, 4 de junho de 2024

Querem privatizar

 Portugal, Algarve, Viajar Por, Mar

Querem privatizar 

A educação

A praia linda a inspirar,

Lugar onde todos podem ali caminhar,

               ver e saborear o mar e seus encantos...

E ai ai ai de quem não apoiar...

Esse desejo mesquinho

De tudo em ouro transformar...

Mas, não deixe privatizar 

Seu coração, sua capacidade de sonhar, 

                sua infinitude que habita no amar...

Não, não deixe privatizar!

(Marcio Lima)

Estou aqui...

  Não deixe que a dureza de meus versos abale seu dia... Deixe-me aqui nesse amontoado de nada e alguma coisa. Ficarei na frente des...