terça-feira, 24 de abril de 2012

DE ONDE VÊM OS POEMAS?

Poemas não sabem por que nascem.
Vêm do cosmos num acaso motivado! (?)
Não tomam consciência de quão valiosos são.
Não têm como pretensão a mudança.
Mas, mesmo sem saber, mudam.
Mudam os rumos de uma manhã sem cor,
Mudam o discurso vazio de uma tensa conversa,
Mudam a ultrarracionalidade no apreço ao mar,
Mudam a falta de amor no uso das descobertas,
Colocam um pouquinho de sobriedade na loucura,
E um pouquinho de loucura na sobriedade,
Amontoam-se, amontoam-se em palavras.
Organizam-se de uma forma tão estranha.
E, mesmo quando parecem incoerentes,
Reorganizam-se mudando o rumo das vezes que pareço sem coração.
Poemas vêm de forma tão singela,
De forma tão estranha,
De forma tão divina,
E me ajudam – no inusitado - dar forma à estranha e divina forma de entender o viver.

(Marcio J. de Lima)
22/06/2011.

Imagem obtida em: https://pixabay.com/pt/mar-oceano-%C3%A1gua-rochas-movimento-1641781/

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