sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Lua...


Era ela, a lua a se exibir no horizonte... Quantos viventes a admirá-la, pensava, eu. Ela, alva-dona, imersa refletida no imenso mar... Sua luz-ispiração, despertava-me o doce mel das lembranças de outrora, em que eu quase morria de medo dessas noites, por acreditar em lobisomem, mula sem cabeça, boitatá... Haveria um lobisomem de atacar em uma dessas noites? Quisera eu não precisar sair à noite. Mas, com todo cuidado do mundo, o qual as crianças têm, eu me divertia pulando tábua, pulando corda, brincando de esconde-esconde {mas, não quase sem faltar ar de medo, ou era uma  ansiedade frente ao desconhecido, naquele momento desafiado? Enfim. Vá entender o meu pensar-sentir puerial].
Hoje o homem adulto que vive em mim, não se assusta mais com a lua, não aprecia sua beleza, nem se inspira a um poema que seja, benfazeja a si mesmo... 
Acredito que esse homem, que ontem sentiu tanto medo de lobisomem e ficava a conjeturar tentar dialogar com tal fera, dizendo-lhe [como diz a lenda para revelá-lo ao mundo, quiçá?]: "Amanhã vá lá em casa buscar sal!"... 
Neste momento, em minha frente há uma imagem de uma lua refletida nas águas do mar, senti saudades de outrora, de criar um mundo mais divertido e criativo. Seria tudo como fazia num ontem, agora ideal. Não existiriam momentos sem graça... Como a vida seria melhor... Com lobisomens ou não... Quiçá?
[marcio lima]

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