sábado, 17 de setembro de 2011

Toc-toc


Toc-toc
Quem à porta bate
Sem medo e nem vergonha?

Toc-toc
Quem à porta bate
Com gélidas mãos vazias?

Toc-toc
Quem à porta bate
Sem segredos e nem virtudes?

Toc-toc
Quem à porta bate
Órfão de sociedade?

Toc-toc
Quem à luz do dia
Arromba a porta sem piedade?

Toc-toc
Meus pés cansados
Não deitam a teimosa porta -
Toc-toc -
Que erigida resiste
Aos ventos de novidades.

Toc-toc
Quem à porta bate
Mais de mil vezes
Baforando em negações?

Toc-toc
Sem pé e nem cabeça
Meus versos ressoam...
Ao toc-toc
Do descabido esvanecer.

Toc-toc
Dói-me a mão
Toc-toc
Dói-me a face
Toc-toc
Dói-me o pensar
Toc-toc
Encontro Paz.


(Marcio J. de Lima)

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