sexta-feira, 20 de março de 2015

Eu vou cantando o amor II


Como mensurar o valor da vida que segue a esmo nesta estrada? Mesmo que defeitos haja, oferecendo ela (a vida) uma indelével marca que nos torna ainda mais, únicos, portanto preciosos...
Há em minhas entranhas um incômodo, que sei não ser causado pelo excesso de consumo da verde manga, todavia, desconfio ser o amor... que teimo em tentar decifrá-lo, traduzi-lo - ou sei lá o quê - em versos e canções atos e orações...
Melhor que o cultivo de manga; que convenço não ser bom nas artes da terra; cultivo a amizade - grande tesouro, estoque para os momentos tão tensos da vida que se faz rotina, que vale mais que ouro - com a amiga verdade.
Sempre busquei um grande amor: fogueira nas noites de inverno... Passam-se os dias; quase - duas almas em uma; que se aliviam em seus - doces e ensabecedores - conflitos internos.
Ao cair das mangas... ao sabor agridoce da vida. Sentam-se ao meu lado para o desfrutar dela, idosos e crianças e repousam ali seu equilíbrio em temperança: criança-idoso; idoso-criança.
Enfim a vida, aquela que irradia qual manga madura ao apinar do dia, me seduz a cantar as alegrias, pelos redundantes alvoreceres, nos quais me motivo a buscar plantada na terra, no sorriso dos amigos ou no braço dos amores, a rica e bela poesia.

Marcio José (Méndez) de Lima

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