domingo, 5 de janeiro de 2020

falta de sonhos, horizontes claros

Oh miséria tão minha
De caminho tão pequeno
Víscera mesquinha
Olhar nada sereno...

Oh, ouro que corrói,
Alma que se entrega
Ao vício que rói
Ao vazio que me agrega...

Oh, falta de sonhos,
De horizontes tão claros
De dias risonhos,
Inspiradores, hoje raros...

Oh alma que se rendeu,
Ao egoísmo mesquinho,
À dureza se vendeu,
Nessa falta de tino...

Oh, volta amor latente,
Que a todos se oferece,
Volta, vigoroso, quente,
Dá pureza q'este peito carece...
Dá olhos verdadeiros, puros,
A este poeta sem direção,
Aos seus poemas nos muros,
Dá-me de volta coração...

Que meus olhos se voltem à luz,
Que eles não se cansem jamais,
De notar os exemplos da cruz,
Que dizia a todos "amais"!!!
E que eu respeite com versos,
A tantos gemidos, a tantos ais,
A tantos sonhos submersos...

Oh, volta amor latente,
Que a todos se oferece,
Volta, vigoroso, quente,
Dá pureza q'este peito carece...
Guarapuava, 28/12/2019.
Marcio Lima

Imagem obtida em freepik

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