sábado, 19 de dezembro de 2020

Feliz Natal... Feliz 2021!

Aqui, foram tantos, os dias que se exibiram.

No princípio não era para ser assim...

Viver isolado. Uma máscara na face... E o medo de hoje ser o fim...

O ano começa devagar. Promessas não cumpridas em 2019 se renovaram no 2020, mas de novo, em muitos casos não puderam ser cumpridas, pois um novo ano começou em março de 2020 (totalmente incomum). Aquele abraço não pôde ser dado. Aquele beijo, menos ainda. Aquele aperto de mão, foi substituído pelo Namastê, ou pelo soquinho discreto ou pelo toque de cotovelo...

Não era para ser assim...

Os passos novos aprendidos na gafieira, no baile, ou na escola ou academia de dança ficaram guardados...  Quem sabe para o ano que vem, porque este se finda sem a realização da dança no salão...

O Bom Velhinho virá de máscara? E, se a rena espirrar? Os sacos de presente estarão higienizados com álcool 70? Ou quem sabe se o velhinho passar em algum país com vacina, chegue aqui imunizado...

Peço desculpas pelo aparente descaso , o que estou tentando fazer é deixar esse momento menos trágico, pois muitas vidas foram ceifadas, muitos moribundos ficaram, sem a companhia dos seus, nos hospitais, haviam da companhia somente de médicos, enfermeiros, profissionais da saúde exaustos. Lá fora... quantos desempregados, quanta fome, quanto desespero, quanta ansiedade... Mas, por outro lado, quantas mãos se somaram para levar o alimento, ou esperança a tantos lugares voluntariamente, quantas invenções de nossos estudantes nas escolas, centros de pesquisa, nas universidades... Quantas pessoas migraram para as redes para fazer sorrir, para fazer dançar, para se exercitar, para ensinar, para rezar, para aprender, para viver...

Esse ano foi atípico...  Esse ano foi pandêmico.... Esse ano o amor e nossa fé foram testados... Usar máscara, a preocupação com o outro – um ato de amor. A capacidade de superar a saudade garantindo aos nossos idosos  e aos mais vulneráveis – enfim a todos - a proteção à sua saúde... E para dizer que ele, o amor, continua a nos testar; não poderia ser diferente neste momento,  teremos   que encerrar o ano longe dos que amamos... Longe sim, mas perto de coração, de sentimentos, expressando que há esperança neste gesto... Isso vai passar, e o meu egoísmo do agora vou ter que superar, porque do lado de quem amo muitos anos pretendo passar... Se isso for possível, caso não, com toda a segurança e responsabilidade que o momento requer...

Enfim, o ano se finda... Como impressão de que ele não começou direito. Deixará saudades? Creio que a princípio a resposta seria não... Mas vou ousar um pouco de minha lógica umbilical para dar uma explicação universal – aprendi muito com este momento, vivi intensamente com minha família em minha casa, aprendi a conter minha ansiedade, criei material para internet com intuito de entreter as pessoas, passar meu tempo, procurei aprender para ensinar. E nos momentos em que me senti sozinho, estavam lá: minha família, meus bichinhos, cada flor ou folhagem à casa enfeitar, o jardim a perfumar... E, cada livro na minha prateleira a me cumprimentar, a me seduzir... Além, da minha fé, que apesar da distância física da igreja, tornou-me muito mais presente de alma frente ao Cristo... E, agora a Ele quero agradecer, por estar conosco renovando nossa esperança neste ano que se iniciará... Com Ele serei melhor, e nEle espero confiar mais ainda, pois sei que se os desafios foram grandes, maior ainda foi Seu amor por cada um de nós.

Um feliz Natal e obrigado pela companhia neste ano que se finda, e, que a esperança reacenda em nossos corações e que Deus ilumine seu povo e, que as vacinas que a nós se apresentam, sejam eficazes para nos dar novamente a mobilidade de que precisamos, pois, caminhar é preciso, assim como abraçar, beijar a quem amamos e podermos cantar bem perto a alegria que é viver em comunidade...

Feliz 2021!

 

Do blog devaneios literários do Lima

 

Fonte: Texto da Imagem inserida pelo proprietário do blog a partir da imagem disponível em: https://br.freepik.com/vetores-gratis/fundo-de-natal-com-galhos-de-arvores-de-pinheiro-e-enfeites-pendurados_6025368.htm#page=1&query=natal&position=14

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Este momento 1...

  Dói.  Forma estranha de começar um poema. Forma medíocre para o mundo que só vende fórmulas para livrar-nos da dor. Assumir alguma dor é m...