quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Sigo...



Sigo... 
Pedias o mais alto dos céus... 
Havia em minhas asas, o voo rasante 
Das andorinhas... 
Havia em minhas fazendas nada mais que quiabos e chuchus... 
Desejavas o mais rico dos manjares... 
Com mãos aprisionadoras segurava suas asas... 
E a ânsia de mundos perdidos enchia o mais recôndito de seu ser... 
Um dia desejei a solidão ao seu lado... 
Mas tu querias o mundo... querias lambuzar-te no desconhecido... 
Eu só buscava a felicidade... 
E hoje quando já, aparentemente, não busco mais nada, resolvi buscar-me e raspar cada bloco de cimento que encobre meus olhos... 
E seguir, é só o que quero... 
Pra onde? Não importa... Eu só quero seguir... 
Marcio José de Lima 
25/01/2016

Imagem obtida em: https://pixabay.com/pt/andorinha-do-mar-comum-p%C3%A1ssaro-956697/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Este momento 1...

  Dói.  Forma estranha de começar um poema. Forma medíocre para o mundo que só vende fórmulas para livrar-nos da dor. Assumir alguma dor é m...