domingo, 22 de outubro de 2023

Lusco-fusco (soneto). (dusk)

 Natureza, Janela, Pôr Do Sol, Sacada

Era mais que doação por impulso ou coisa assim,

Diria que era amor, latente, algo quente e constante,

Havia um universo inteiro de alegria em seu semblante...

E, tantos preenchimentos para uma vida vazia, em mim.


Quando se inicia algo precioso, não se imagina seu fim,

É lindo, sólido, de imenso valor, tal qual um diamante,

Ou, como o marfim, cobiçado, sem saber, do pobre elefante,

Ou, de tal valor, como os tesouros conseguidos do gênio por Aladim...


Quisera esta dor que sinto em meu peito fosse invenção.

Sumiriam todas as rachaduras neste deserto que se desenhou.

Rachaduras tão profundas, que se assemelham às de meu coração,


Que levaram as cores de meus dias, que logo se acinzentou...

Outrora, risos, gemidos, sonhos, olhos nos olhos, amor, emoção.

Hoje, aqui em meu peito rolam cacos dum cristal que se aquebrantou...


Marcio Lima

 

Imagem obtida em:  https://cdn.pixabay.com/photo/2019/03/30/20/44/nature-4092013_640.jpg

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