sábado, 6 de fevereiro de 2016

Ah, a carne!

E ficou o rastro na rua! Um cheiro de urina. Homens e mulheres deitados nas calçadas. Tantos testes, positivos!!! Quantos vícios ressuscitados. Um êxtase lascivo, corpos nus, prontos ao pecado. Lobos, ovelhas, luzes, escuridão, contraste... Lá se vão nossas misérias, nossas gonorreias, nossos suores, nossos amores... Lá se vai o trio, enquadrado na foto, na rabeira de uma moto... ao som estrinte do puxador...  Quem sabe um novo viés!!!  Por outro lado: arte, alegria, um grito na garganta “Nota... Dez”... Assim tão nós, em tanta voz.  Um grito na avenida.  Um quê tão profano, tão sacro... Num abraço de Paz... alguém grita! Tristeza, nunca Mais! Até que chegue em Cinzas, a quarta... E o tempo tenha voado... E, seguimos... tão nós...
Esquecemos quem somos...
A quem enganamos.
A quem elegemos.
Se lemos...
Se duro, vivemos...
Tão nós, furamos as filas.
Ao baforar do lança perfume.
Às urnas saímos, sem cinto a mil...
Gritamos, se preciso for, morremos..
de bolsos vazios,
por ti meu Brasil....

Márcio José de Lima
Do blog devaneios literários do Lima

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